Segunda, 23 Dezembro 2024 19:43
SEM PRESSÃO

Sindicato e COE criticam Santander por transferir custos de vestimentas para os funcionários

Dirigentes sindicais orientam bancários a não aceitarem a imposição do uso do uniforme nos locais de trabalho
Sindicato e COE criticam Santander por transferir custos de vestimentas para os funcionários Imagem: Contraf-CUT

 

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

Com informações da Contraf-CUT

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander se reuniu na manhã desta segunda-feira (23) com a direção do banco para discutir o novo modelo de vestimenta imposto pela empresa, denominado "Estilo Santander". O banco implementou quer que seus funcionários doem cinco peças de roupa e a possibilidade de o empregado também adquirir o uniforme.

“Se o Santander quer fazer marketing com um modelo de vestimentas ao menos deveria bancar os custos das roupas para os funcionários. Apesar do uso não ser obrigatório é evidente que o bancário fica constrangido em não usar e pagar pela marca da empresa”, criticou o diretor do Sindicato do Rio e representante da COE (Comissão de Organização dos Empregados), Marcos Vicente.

Nos primeiros nove meses de 2024, o Santander Brasil obteve um lucro líquido gerencial de R$ 10 bilhões, aumento de 40,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, o maior crescimento verificado neste período no sistema financeiro nacional, o que, para os sindicalistas, torna ainda mais injustificável a transferência de custo dos uniformes para os trabalhadores.

Segurança em perigo

Wanessa Queiroz, apontou a sua preocupação com a segurança dos bancários. O uso de uniformes pode facilitar a identificação dos trabalhadores, tornando-os potenciais alvos de criminosos, especialmente em um setor que já enfrenta altos índices de violência e assaltos.

“Precisamos garantir que esse modelo de vestimenta não comprometa a segurança dos funcionários nos seus deslocamentos e nas visitas, que já lidam com situações de risco no dia a dia. A vida do trabalhador não tem preço”, afirmou a coordenadora da COE.

Ela ainda reforçou que o modelo não deve gerar nenhum custo ou risco aos trabalhadores. “Se o banco decidiu implementar o uniforme, é obrigação dele fornecer as peças sem transferir despesas aos funcionários”, concluiu.

Denuncie ao Sindicato

O Sindicato orienta aos bancários e bancárias que não aceitem pressão do banco para usar o uniforme nos locais de trabalho. “A decisão de aderir ao uniforme deve ser absolutamente voluntária e se o funcionário for pressionado pelo banco deve imediatamente denunciar ao Sindicato para tomarmos as devidas providências”, destacou a diretora do Sindicato, Maria de Fátima.

 

 

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