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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Com informações da Contraf-CUT
O Santander volta a promover ataques aos direitos de seus funcionários no Brasil.
O grupo espanhol anunciou mais uma mudança ne rotina de trabalho que pode prejudicar ainda mais os bancários. Desta vez, os trabalhadores afetados fazem parte do segmento de gerentes de contas empresariais, chamadas contas PJ.
O banco pretende acabar com a marcação de ponto por esses empregados, alegando que a medida "dará maior flexibilidade para que cada um gerencie sua rotina e horários de trabalho para atender as demandas dos clientes".
“É mais um ataque que o banco promove aos seus funcionários, sem qualquer negociação ou comunicação prévia às entidades de representação dos trabalhadores. O movimento sindical não compactua com esse absurdo, que pode trazer perdas financeiras, uma vez que as horas-extras, que ultrapassarem as oito horas da jornada estabelecida não serão pagas, e impactar também na saúde mental e física dos trabalhadores”, explicou a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Wanessa Queiroz.
Desrespeito à jornada
O diretor do Sindicato do Rio de Janeiro e representante da COE, Marcos Vicente, também criticou a mudança.
"O Santander volta a desrespeitar a jornada da categoria e os direitos de seus funcionários. O banco precisa atender à legislação em nosso país. Todas as horas trabalhadas precisam ser computadas, inclusive no trabalho externo de visitas aos clientes", destacou o dirigente sindical.
Pedido de reunião
Os sindicatos e a COE vão pedir à direção do banco uma reunião para tratar do assunto.
"Os funcionários estão apreensivos com esta informação e o Santander, mais uma vez, toma uma decisão unilateral, sem dialogar conosco", acrescentou Vicente, lembrando que o banco tem que cumprir também a Convenção Coletiva de Trabalho da categoria bancária e o Acordo Coletivo de Trabalho específico, para evitar prejuízos aos trabalhadores.
"Decisões arbitrárias como esta só reafirmam as práticas antissindicais do banco e a má vontade deles para negociar com a organização e representação dos trabalhadores", concluiu Marcos Vicente.