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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
O Banco Santander terá que pagar R$ 500 mil por dano moral coletivo por ter mantido bancários reintegrados isolados numa sala conhecida como “aquário”. A condenação foi mantida pela Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho, negando o recurso do grupo espanhol que pedia a redução do valor da indenização estabelecido em primeira instância pelo Tribunal Regional da 13ª Região (PB). A decisão da terceira turma do TST foi por unanimidade.
Entenda o caso
As vítimas da humilhação imposta pelo Santander eram bancários que haviam sido demitidos e, em razão de doença ocupacional, conseguiram a reintegração na Justiça Trabalhista. Eles eram colocados numa sala em que o próprio ramal era identificado como “Bloqueio Aquário”.
Alguns empregados chegaram a ficar até quatro meses no "aquário", onde eles, além de ficarem isolados, não recebiam qualquer tarefa para executar por parte das chefias, exceto atividades burocráticas e não tinham direito à carteira de clientes e um acesso restrito à senha do sistema do banco.
A Ação Civil Pública foi movida pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários da Paraíba.
A Secretária Geral do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Cleyde Magno comentou a derrota do Santander no campo jurídico, uma vitória importante da categoria contra o assédio moral.
"Essa é uma prática antiga do Santander. Tivemos aqui no Rio uma situação em que todos os bancários reintegrados foram jogados num porão em Niterói e o banco também foi condenado pela Justiça. É uma prática antiga do Santander de desrespeitar a legislação trabalhista e os direitos dos trabalhadores, o que o banco faz desde que entrou em nosso país", destacou Cleyde.
Mais esta vitória na Justiça mostra a importância da categoria se sindicalizar e fortalecer sua entidade sindical.