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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Bancários e bancárias de todo o país realizaram protestos contra as terceirizações nos bancos nesta quinta-feira (22), em mais um Dia Nacional de Luta como resposta à prática dos banqueiros e ä intransigência da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) nas mesas de negociação com o Comando Nacional dos Bancários. Na quarta-feira (21), os bancos ofereceram um reajuste abaixo da inflação, de apenas 85% da inflação do período, o INPC, Índice Nacional de Preços ao Consumidor, uma perda de 0,57% para a categoria.
As manifestações tiveram como alvo principal o Santander, que tem usado suas próprias empresas terceirizadas para contratar bancários, que acabam tendo renda menor e perdem os direitos previstos na Convenção Coletiva de Trabalho. Tal prática já levou o banco a várias condenações na Justiça Trabalhista por contratação fraudulenta de mão de obra.
Ataque contra trabalhadores
Em São Paulo, o Santander respondeu com violência aos protestos pacíficos da categoria, chamando a Polícia Militar que agiu com truculência contra sindicalistas e funcionários.
"É uma vergonha essa atitude do Santander que sempre foi e é o banco que mais age com práticas antissindicais e ainda desrespeita os funcionários brasileiros que são os que garantem a maior fatia dos lucros globais deste banco espanhol. Agiram com brutalidade sem a menor necessidade diante de um ato pacífico. A direção do banco foi covarde e mostra o desprezo que este grupo estrangeiro tem com seus empregados", criticou o diretor do Sindicato do Rio, Marcos Vicente.
"Essa violência da PM paulista mostra também como o aparato de segurança pública do governador Tarcísio de Freitas age contra trabalhadores, o que sempre ocorre em governos de extrema-direita", acrescentou Vicente.
Manifestação no Rio
No Rio de Janeiro a atividade ocorreu em agências do Santander, no Centro da cidade sem problemas.
"Expressamos nosso repúdio ao processo de terceirização nos bancos, em especial no Santander. O banco vem da Espanha para arrancar aqui a maior parcela de muito dinheiro que acumula à custa de demissões e adoecimento dos funcionários brasileiros e precariza ainda mais as condições de trabalho terceirizando mão de obra", afirmou a diretora do Sindicato do Rio, Maria de Fátima.
O também dirigente sindical carioca Arnaldo Malaquias disse que é preciso que o movimento sindical continue denunciando as práticas do banco à Justiça do Trabalho e ao Ministério Público do Trabalho.
"Demitir bancário para recontratá-lo como trabalhador terceirizado é ilegal pois reduz salários e retira direitos previstos na nossa Convenção Coletiva. Estamos aqui para denunciar à sociedade, estas fraudes trabalhistas praticadas pelo Santander", declarou Arnaldo.
A Contraf-CUT divulgou nota de repúdio a forma truculenta com que o Santander tratou os bancários. Confira no link abaixo o documento na íntegra,
https://contrafcut.com.br/noticias/nota-de-repudio-ao-santander-por-usar-pm-contra-trabalhadores/