Sexta, 02 Agosto 2024 20:32

Negociação específica com Santander tem foco nas questões ligadas à saúde e condições de trabalho

Participantes da negociação posam para foto, pouco antes do início da rodada. Foto: Contraf-CUT. Participantes da negociação posam para foto, pouco antes do início da rodada. Foto: Contraf-CUT.

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Imprensa SeebRio

A terceira negociação específica visando a assinatura do acordo coletivo de trabalho entre a Comissão de Organização dos Empregados (COE) e o Santander aconteceu nesta sexta-feira (2/8). Foram tratados temas ligados à saúde e condições de trabalho, na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em São Paulo.

A primeira reivindicação apresentada foi a manutenção da assistência médica aos aposentados, com mais de cinco anos de contrato com o banco, nas mesmas condições da ativa. A secretária de Relações Internacionais e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações, Rita Berlofa ressaltou que só as tarifas pagas pelos clientes cobrem duas vezes a folha salarial dos funcionários do banco. Para a dirigente, não é possível que só os acionistas sejam beneficiados. “Os trabalhadores se esforçaram muito pelo crescimento da empresa e na hora que mais precisam são abandonados”, argumentou.

Plano de qualidade – O plano de saúde dos funcionários da ativa também foi abordado. Os representantes dos trabalhadores reivindicam um plano de saúde de qualidade e com ampla rede de atendimento credenciada aos seus empregados, sem qualquer distinção em relação a cargos ou funções, com ampla cobertura médica e hospitalar.

Foram citados alguns problemas enfrentados atualmente em alguns estados do Centro-Oeste, Norte e Nordeste. “Quando nós reivindicamos o plano de saúde de qualidade é para todos os trabalhadores do Brasil. Outra questão importante é a falta de reembolso para a grande maioria dos funcionários. Queremos equidade de condições e de tratamento”, apontou Wanessa Queiroz, coordenadora da COE Santander.

PcD – A assistência aos portadores de doenças crônicas, degenerativas, Aids, para pessoas com deficiência (PCDs) e neurodivergentes foi outra reivindicação apresentada. “Nós reivindicamos a não cobrança da coparticipação para este grupo. Bem como o limite de 10% dos salários na cobrança para todos os trabalhadores e transparência das informações do contrato”, explicou Wanessa.

Marcos Vicente, diretor do Sindicato e membro da COE, frisou que funcionários PcDs e pais de filhos PcDs enfrentam enormes dificuldades com o custo muito alto do tratamento. “Nossa reivindicação é de que esta situação seja revertida”, afirmou.

Metas e adoecimento – A suspensão de metas após o retorno de licença saúde por um período de 60 dias, sem que haja prejuízo financeiro também foi debatida. “O sistema bancário é o setor que mais adoece os trabalhadores mentalmente. Por isso, é óbvio que um trabalhador que teve um afastamento de origem psicossocial não pode passar pelo mesmo cenário ao retornar, com a mesma carga de pressão, com as mesmas metas que o adoeceram”, destacou a coordenadora da COE.

A COE Santander reivindica também melhores condições de trabalho e o fornecimento de aparelhos de telefones aos empregados que estão em teletrabalho e trabalho externo, essenciais à execução de suas atividades.

O banco Santander se comprometeu a trazer uma resposta das cláusulas sociais na próxima reunião, agendada para 9 de agosto. Está prevista uma nova reunião, para discutir as cláusulas financeiras, no dia 16 de agosto.

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