Carlos Vasconcellos 

Imprensa SeebRio 

Com informações da Contraf-CUT 

O movimento sindical consegiu, através da COE (Comissão de Organização dos Empregados) do Santander, melhorias nas condições de trabalho para os Gerentes PJ (Pessoas Jurídicas) do banco. 

Um avanço importante foi em relação à sobrecarga de trabalho destes gerentes PJ, que eram obrigados a realizar seis visitas a clientes por dia, além de executar funções administrativas como receber, enviar e ler e-mails; enviar propostas; responder clientes, entre outras múltiplas tarefas. 

"De fato essa mudança representa um avanço para os PJs. Agora precisamos estar atentos quanto a questão da segurança desses trabalhadores, já que estão a maior parte do dia nas ruas fazendo visitas e exposto riscos a saúde física e mental.

Pressão e desrespeito 

Outro problema sofrido por estes gerentes PJ era em relação à pressão feitaxpor gerentes-gerais para que eles "não ficassem nas agências". 

"Os gerentes PJ sequer tinham mesas nas unidades. Depois da cobrança da COE, a direção do Santander nos garantiu que não haverá mais pressão para que eles se retirem das agências", destacou Vicente. 

Segundo denúncias feitas aos sindicato, alguns gerentes-gerais falavam de forma grosseira, usando expressões como 'sai daqui', alegando que o gerente-regional ao visitar a agência 'não poderia encontrar os funcionários PJ na unidade'. 

O banco informou que "pede para que os gerentes PJ usem o espaço da agência com coerência e realizem as visitas, mas sem a pressão para deixar as unidades bancárias".

"É preciso que todos funcionários do Banco sejam respeitados, o que não vem acontecendo neste caso até aqui. Esperamos que a relação dos gerentes gerais com seus colegas de banco seja cordial e respeitosa", cobrou Marcos Vicente. 

Marcação de ponto 

Outra reclamação dos funcionários do setor é em relação à marcação de ponto. 

"Antes de iniciar a jornada, eles tinham que se dirigir a uma agência próxima do local onde iam trabalhar, para marcar o ponto. No final do dia, precisavam retornar a uma agência para finalizar a jornada. Essa dinâmica atrapalhava os bancários devido ao tempo perdido no deslocamento", ressaltou o dirigente sindical do Rio. 

Com a intervenção dos sindicalistas da COE, os Gerentes PJ poderão marcar o ponto no local onde estiverem no início da jornada, ao sair de casa para a primeira visita, ou ao chegar na agência pela manhã; realizar o trabalho na rua e, ao final do expediente, marcar o ponto de onde estiverem, o que representa uma melhora considerável. 

"Estes problemas se resolveram porque os bancários procuraram a COE para reportar os problemas. Nós levamos as dificuldades à direção do banco, que conversou com os responsáveis do segmento Empresas 1, e eles constataram que seria necessário reformular o método de trabalho para tornar mais eficiente a atuação dos gerentes PJ. O banco implantou as mudanças e os bancários estão aprovando", diz a coordenadora da COE, Wanessa Queiroz, em entrevista ao site da Contraf-CUT. .

"Continuaremos monitorando a situação destes gerentes PJ e em relação a todos bancários e bancárias para saber se as melhorias prometidas na mesa de negociação sejam cumpridas. É fundamental que a categoria nos dê um feedback e liguem para o Sindicato reportando quaisquer problemas para que possamos cobrar o banco as soluções nas mesas de negociação", destacou Vicente. 

As denúncias devem ser feitas para a Secretaria de Bancos Privados do Sindicato pelos telefones (21) 2103-4121/4124/4172 ou pelo email Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. É fácil e seguro e o anonimato do bancário que faz a denúncia é absolutamente garantido. 

Novo VR e VA

O Santander mudou a bandeira dos cartões de Vale-alimentação (VA) e Vale-refeição (VR) dos funcionários. O banco informou que a medida, tomada de forma unilateral, sem negociação com o movimento sindical, ocorreu devido à venda da empresa Ben, que pertencia ao grupo Santander e era responsável pela bandeira do cartão. Agora, a nova bandeira será a Pluxee (antiga Sodexo), que comprou a Ben.

"Só não vamos aceitar é uma piora na qualidade dos tíquetes em relação à aceitação do mesmo em restaurantes, lanchonetes e supermercados pois estamos tratando da alimentação dos trabalhadores", declarou a diretora do Sindicato, Maria de Fátima".