Terça, 16 Julho 2024 21:04
DEFESA DO EMPREGO

COE volta a cobrar o fim das demissões e terceirizações no Santander

Dirigentes sindicais falam em contratação fraudulenta de mão de obra e defendem preservação dos empregos com ampliação dos direitos
A COE defendeu s preservação dos empregos e a ampliação de direitos no Santander A COE defendeu s preservação dos empregos e a ampliação de direitos no Santander Foto: Contraf-CUT

 

Carlos Vasconcellos 

Imprensa SeebRio 

Com informações da Contraf-CUT 

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander deu início às negociações do acordo específico com o banco, na tarde desta terça-feira (16), em São Paulo. 

A coordenadora da COE, Wanessa Queiroz, destacou que "é inegociável qualquer retirada de direito", ao reforçar a prioridade em discutir novas cláusulas para a proteção dos empregados.

A prioridade do movimento sindical é discutir cláusulas novas e cobrou a definição de um calendário de negociações, a serem realizadas nos meses de julho e agosto.

Basta de demissões 

O emprego foi.um dos principais temas debatidos na reunião. 

"Cobramos o fim das demissões e a extinção de agências físicas e postos de atendimentos bancários (PABs), bem como o processo de terceirização no banco" disse o diretor do Sindicato do Rio e representante da COE, Marcos Vicente. 

Os dirigentes sindicais defenderam a manutenção e a preservação de direitos conquistados. 

Contratações fraudulentas 

O Santander tem sido denunciado na Justiça por suposta contratação fraudulenta de mão de obra. O banco tem suspendido vínculos empregatícios de bancários para recontratá-los como empregados de empresas terceirizadas do próprio grupo espanhol, ou seja, sem aa garantias previstas na Convenção Coletiva de Trabalho da categoria. 

A secretária de Relações Internacionais e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o Santander, Rita Berlofa, destacou a importância de o banco não apenas manter, mas ampliar os direitos dos trabalhadores. 

"Nós não queremos que mude o que tem, nós queremos ampliar com novos direitos dos trabalhadores," afirmou Berlofa.

A sindicalista enfatizou a questão das demissões e das contratações fraudulentas como um problema crítico. 

"Na hora do emprego, nós deixamos bem claro que a redução de trabalhadores bancários se dá de duas formas no banco, uma é pela demissão imotivada e a outra pela contratação fraudulenta de mão-de-obra, onde um trabalhador deixa de ser bancário e passa a atuar numa empresa coligada ao banco, [deixando o trabalhador] sem direitos e os benefícios da categoria e com salários reduzidos", ressaltou. 

A situação das demissões e terceirizações têm deixado os empregados aflitos e preocupados. 

A COE encerrou a reunião destacando a disposição dos trabalhadores em negociar e desafiou o banco a buscar "alternativas práticas e viáveis" para os problemas enfrentados pelos bancários. 

Próximas reuniões 

As próximas reuniões com o Santander serão realizadas nos dias 26 de julho e 2 e 9 de agosto, na sede da Contraf-CUT, em São Paulo.

"Convocamos os companheiros e companheiras do Santander a participarem da Campanha Nacional da categoria, fortalecendo aa entidades sindicais e participando das atividades do Sindicato nos locais de trabalho e nas redes sociais, compartilhando nossas hashtags nos tuitaços, além de acompanhar as notícias no site e em nosso Jornal Bancário ", completou Marcos Vicente..

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