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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
A campanha e a pressão do movimento sindical, da sociedade, de atletas de futebol e do governo brasileiro, através de declaração do presidente Lula e a repercussão no mundo inteiro levou o banco Santander a suspender o patrocínio à Liga Espanhola de futebol por causa dos ataques racistas de torcedores e jogadores ao atleta Vinícius Júnior, do Real Madrid. O banco, patrocinador desde 2016 da La Liga, organizadora do Campeonato Espanhol, anunciou a decisão na manhã desta terça-feira, 23, o encerramento de seu contrato no valor de R$17 milhões de euros anuais com o evento esportivo.
Punição aos racistas
Na segunda-feira (22), o Santander mencionou o tema, mas sem citar os episódios de racismo contra o jogador brasileiro, divulgando num comunicado que “repudia veementemente qualquer manifestação de preconceito ou racismo”.
“O comunicado genérico foi tímido e pouco frente à gravidade dos atos racistas. Finalmente, em função da repercussão do caso e da pressão no mundo inteiro, o banco fez o que já deveria ter sido feito, encerrou o patrocínio. Nós do movimento sindical não poderíamos ter outra atitude que não o repúdio e a cobrança pelo fim do contrato do banco com o futebol espanhol como, de fato, fizemos”, disse a diretora do Sindicato dos Bancários do Rio, Cleyde Magno.
“Foi uma vitória da sociedade em todo mundo contra o racismo, mas ainda é pouco. É preciso punir com o rigor da lei as pessoas que praticaram racismo contra Vini Jr ou com qualquer outra pessoa”, “disse o secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Fiananceiro), Almir Aguiar.