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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
O banco Santander obteve Lucro Líquido Gerencial de R$ 2,14 bilhões no primeiro trimestre de 2023. Apesar da queda de 46,6% em relação ao mesmo período do ano passado, o resultado oficial só não foi maior por causa de uma velha estratégia utilizada pelos banqueiros no sistema financeiro nacional: o crescimento das provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD), que mais que dobraram em 12 meses (120,1%), totalizando R$ 10,85 bilhões no período, ou seja, cinco vezes mais do que o lucro anunciado. Na verdade, este montante do PDD continua nos cofres da instituição bancária, segundo os bancos, para cobrir possíveis inadimplência de pessoas físicas e empresas.
“É curioso observar que os bancos privados cobram as maiores taxas de juros do mundo, política que é mantida pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que aliás, trabalhou 18 anos no Santander e representa os interesses de banqueiros e especuladores. Só isso explica porque Campos Neto mantém os juros básicos alturas, o que também acaba contribuindo para o aumento da inadimplência usada como argumento pelos bancos para transferis a maior parte de seus ganhos para o PDD”, avaliou a vice-presidenta do Sindicato dos Bancários do Rio, Kátia Branco.
Adoecimento de bancários
Apesar dos ganhos, como as demais instituições financeiras privadas, o Santander tem fechado agências física e demitido um grande número de trabalhadores.
“Além da aflição por medo de ser demitido, os funcionários do Santander adoecem por causa da pressão e do assédio moral nos locais de trabalho, por causa da imposição de metas desumanas e quase impossíveis de serem atingidas”, disse a diretora do Sindicato, Maria de Fátima.
O faturamento do banco no Brasil continua a ter um peso muito grande nos lucros globais do grupo espanhol, chegando a representar 18,2% dos ganhos do banco no mundo.