Terça, 05 Julho 2022 22:22

Mercantil diz que não vai rever nenhuma das demissões no Rio

Ministério Público do Trabalho pede para que Sindicato traga contraproposta à posição do banco, que oferece ampliação da cobertura do plano de saúde
O Sindicato realizou nesta terça (5) um protesto contra as demissões e o fechamento das agências do Mercantil no Rio. No mesmo dia, a entidade sindical participou de uma mediação com o MPT para tratar do tema O Sindicato realizou nesta terça (5) um protesto contra as demissões e o fechamento das agências do Mercantil no Rio. No mesmo dia, a entidade sindical participou de uma mediação com o MPT para tratar do tema Foto: Nando Neves

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

 

O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro participou na terça-feira (5) de uma audiência de mediação realizada pelo Ministério Público do Trabalho com representantes do Banco Mercantil do Brasil (BMB). No mesmo dia, a entidade sindical realizou um protesto contra o fechamento das atividades da instituição financeira no Rio após 50 anos de funcionamento no Estado. O banco demitiu todos os funcionários, inclusive dirigentes sindicais, numa decisão unilateral que surpreendeu os bancários, clientes e o movimento sindical.

A posição do banco

A direção do BMB disse na audiência com o MPT que não vai rever as dispensas e indenizará apenas casos de estabilidade pós-aposentadoria e de acidente de trabalho que ele considerar necessário. O banco oferece ainda 12 meses de plano de saúde além do prazo previsto na Convenção Coletiva de Trabalho da categoria.

O MPT sugeriu para que o Sindicato apresente sua contraproposta à posição do banco. “Vamos consultar os funcionários demitidos pelo Mercantil para apresentar uma contraproposta que atenda aos anseios dos bancários e garanta direitos dos trabalhadores”, disse o presidente do Sindicato do Rio José Ferreira. O movimento sindical defende que o Mercantil reveja dispensas irregulares e dê aos empregados que desejarem a oportunidade de trabalhar em unidades de outros estados da federação.

No dia 8 de junho deste ano, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que “demissões em massa precisam passar por negociação coletiva com as entidades representativas dos trabalhadores”, regra que o BMB descumpriu.

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