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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
O Sindicato dos Bancários do Rio realizou, nesta terça-feira (5), mais um protesto contra as demissões impostas pelo Banco Mercantil do Brasil (BMB). A atividade aconteceu no Centro da cidade. O Sindicato participa, no mesmo dia, de uma reunião com representantes do banco mediada pelo Ministério Público do Trabalho.
O presidente do Sindicato José Ferreira lembra que é preciso que o BMB avalie os casos individualmente pois há irregularidades em muitas situações que precisam ser revistas. Os sindicalistas acusam o banco de desrespeitar funcionários com estabilidade provisória e problemas de saúde e defendem a possibilidade de transferência dos bancários e bancárias que desejarem ir para outros estados em que o banco ainda mantém as suas atividades.
“O banco precisa avaliar cada caso. Os trabalhadores foram desligados de maneira abrupta e cruel, sem nenhuma preparação e o BMB já sabia que fecharia as agências no estado, mas não avisou e nem negociou com o Sindicato”, disse José Ferreira, ressaltando ainda que vai pedir ao Ministério Público do Trabalho, na audiência de mediação, para que sejam levadas em consideração as possíveis ilegalidades nas demissões e que sejam garantidos os direitos dos trabalhadores.
Ato desumano do banco
Marlene Miranda, diretora do Sindicato e funcionária que também foi demitida, ficou indignada com a decisão do banco, que pegou bancários, clientes e as entidades sindicais de surpresa. “São famílias inteiras arruinadas, enquanto o banco ganha muito dinheiro, mas mesmo assim demite, num momento de fragilidade, em que ainda estamos passando por uma pandemia”, protestou.
A sindicalista lembrou ainda que o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu no dia 8 de junho deste ano, que ‘demissões em massa precisam passar por negociação coletiva com as entidades representativas dos trabalhadores’, regra que o Mercantil descumpriu.
O BMB fechou suas agências no Rio de Janeiro e demitiu cerca de 30 bancários e bancárias no dia 20 de junho, após mais de 50 anos de atuação no estado, sem comunicar os empregados e nem negociar com o Sindicato.