Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

O Movimento sindical cobrou do Banco Mercantil do Brasil, a proteção dos empregos dos bancários e criticaram o fechamento das agências físicas no Estado do Rio de Janeiro. A reivindicação foi feita em reunião online, na última terça-feira, 28 de junho, aos representantes da instituição financeira, que anunciou, no dia 20 de junho, o fim de sua presença no estado, após mais de 50 anos de atuação, surpreendendo bancários, clientes e sindicalistas. Dirigentes sindicais, como a diretora do Sindicato do Rio e membro da COE (Comissão de Organização do Trabalho) e o diretor da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro RJ/ES (Fetraf-RJ/ES) e dirigente do Sindicato dos Bancários de Campos, Paulo Robson, não foram poupados, sendo também dispensados.

Mediação do MPT

Na reunião, os bancários se posicionaram contra o fechamento das unidades físicas, lembrando que a decisão unilateral, sem qualquer negociação com o movimento sindical é prejudicial aos trabalhadores, que acabam sendo dispensados e aos clientes e usuários.

Os sindicalistas solicitaram a suspensão imediata das homologações, o que ocorreu pelo menos até o dia 5 de julho, quando haverá uma reunião entre o movimento sindical, o Banco Mercantil e o Ministério Público do Trabalho (MPT). Os representantes do banco acenaram ainda com a possibilidade de transferência destes funcionários para Belo Horizonte (MG), sede da instituição financeira. O banco prometeu ainda que irá depositar as verbas rescisórias, gradativamente.

Em defesa do emprego

O Sindicato do Rio não mede esforços na defesa dos empregos da categoria. Realizou no último dia 22 de junho, uma reunião online com o advogado do Departamento Jurídico da entidade, Márcio Cordero, que tirou dúvidas dos funcionários dispensados e anunciou o pedido da entidade sindical de uma reunião no MPT, confirmada para a próxima terça-feira (5/7). Além disso, estão sendo estudadas, caso a caso, as demissões para avaliar medidas jurídicas em defesa dos empregos e direitos dos trabalhadores e a possibilidade dos empregados que desejarem, serem transferidos para trabalhar em Belo Horizonte. O banco descumpriu decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) tomada no último dia 8 de junho, prevendo que demissões em massa precisam passar por negociação coletiva com as entidades representativas dos trabalhadores.

“O Mercantil demitiu dezenas de funcionários, muitos de deles com problemas de saúde e de forma ilegal, sem dialogar com o movimento sindical, demitindo bancários e prejudicando a população que utilizava os serviços nas agências. Vamos continuar tomando todas as providências possíveis para proteger os empregos e os direitos dos bancários e bancárias”, explica Marlene Miranda.