Quinta, 01 Outubro 2020 18:19

Financiários definem renovação do Acordo Coletivo com a Fenacrefi

Negociação define reajuste de 1,13% e abono de R$ 1 mil para este ano e reajuste integral pelo INPC para 2021. PLR terá reajuste integral este ano
O diretor do Sindicato do Rio, Alexandre Batista, considera que o desfecho da campanha dos financiários foi o melhor possível diante da difícil conjuntura política, econômica e sanitária O diretor do Sindicato do Rio, Alexandre Batista, considera que o desfecho da campanha dos financiários foi o melhor possível diante da difícil conjuntura política, econômica e sanitária

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

 

A Comissão de Organização dos Financiários se reuniu por meio virtual nesta quinta-feira (1) com a Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Fenacrefi) e discutiu uma proposta com vigência de dois anos para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Para 2020, a proposta é de 1,13% de reajuste (55% do INPC do período) nos salários e nos salários de ingresso, mais abono de R$1.000,00.  Todos os benefícios terão reajuste integral do INPC, isto é, correção de 2,05%.

Para 2021, reajuste nos salários, inclusive os de ingresso, pelo INPC integral do período, acumulado no período de 1º de junho de 2020 a 31 de maio de 2021.

PLR: regras preservadas

Sobre a Participação dos Lucros e Resultados (PLR), a proposta para 2020 é de manutenção, na íntegra, das regras já estabelecidas na CCT vencida, aplicando-se integralmente o INPC sobre os valores fixos. Para 2021, será criada uma mesa para discutir um modelo de PLR.

As financeiras desistiram da proposta de inclusão de nova cláusula referente ao sistema alternativo eletrônico de controle de jornada de trabalho na Convenção Coletiva de Trabalho. A Comissão de Organização dos Financiários argumentou que essa demanda deva ser tratada diretamente entre financeiras e sindicatos.

“As propostas iniciais eram rebaixadas e retiravam direitos. Foi uma queda de braço demorada, mas valeu à pena. Mantivemos os moldes da PLR para o primeiro ano e vamos estudar os subsídios para discussão de novo modelo à frente. Garantimos nossa CCT, aumento no índice no primeiro ano e a correção integral no segundo ano, bem diferente do proposto inicialmente pela entidade patronal, além do avanço nas cláusulas sociais. Conseguimos o melhor desfecho que foi possível diante do cenário político, econômico e epidêmico atual”, avaliou o diretor do Sindicato do Rio de Janeiro, Alexandre Batista.

Assembleia decidirá

Os financiários decidirão a respeito da proposta da Fenacrefi em assembleias que serão realizadas por meio virtual. A data ainda não foi confirmada. A Contraf-CUT e o Sindicato orientam pela aprovação da proposta patronal.

 

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