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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
A decisão dos funcionários do Sistema BNDES na assembleia virtual realizada neste sábado, 29 de agosto, foi praticamente unânime: 97% dos participantes rejeitaram a proposta da direção do banco de retirada de direitos, numa das maiores participações do funcionalismo em uma assembleia em toda a história: 2.292 trabalhadores. Apenas 2,57% aprovaram a proposta e houve 0,22% de abstenções.
“O funcionalismo, pela segunda vez, deu uma resposta contundente ao ataque de seus direitos. Esperamos que nas próximas 48 horas, a direção da empresa reveja a sua posição e atenda as reivindicações dos funcionários para pôr fim a este impasse”, disse o vice-presidente da Contraf-CUT Vinícius de Assumpção, que faz parte da comissão de representação dos trabalhadores nas mesas de negociação com o BNDES.
Na próxima segunda-feira (31) expira o prazo para que a empresa apresente uma proposta digna e firme o acordo com os empregados. A data base da categoria é 1º de setembro. Com o fim da ultratividade, aprovado na reforma trabalhista, o trabalhador já não tem mais garantidos os direitos da convenção coletiva vigente até que seja firmado um novo acordo, por isso, a Comissão de representantes dos trabalhadores cobrou durante toda a campanha um pré-acordo, para que os funcionários não fiquem desprotegidos, o que também foi negado pela direção do BNDES.
Isolado na intransigência
Vinícius criticou ainda o fato de o banco não seguir as decisões tomadas na mesa única da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) e nas negociações específicas do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e demais bancos públicos, onde as direções das instituições recuaram de sua intransigência e avançaram na proposta para fechar os acordos.
“A campanha salarial no BNDES não pode ter um desfecho diferente da dos demais bancos. É preciso respeitar os trabalhadores e todas as suas entidades de representação. O recado do funcionalismo já está dado e foi bem claro: nenhum direito a menos”, conclui o sindicalista.