Terça, 25 Agosto 2020 17:39

Mercantil do Brasil piora proposta e mantém impasse em negociação mediada pelo MPT

Movimento sindical não aceita retirada de direitos. Bancários realizam assembleia hoje, às 18h30 para organizar a luta da categoria
Mercantil do Brasil piora proposta e mantém impasse em negociação mediada pelo  MPT Arte: Contraf-CUT

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

 

Como se não bastassem as negociações da categoria com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), em que os bancários enfrentam a intransigência dos bancos, que querem impor reajuste zero e redução na PLR, os funcionários do Mercantil do Brasil também enfrentam a intransigência da direção da empresa. Os representantes do banco apresentaram uma proposta ainda pior do que a apresentada nas reuniões anteriores, criando um impasse na mesa de negociação mediada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), na manhã desta terça-feira (25).  

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Mercantil do Brasil rejeitam a retirada de direitos e defendem a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho vigente. As instituições financeiras querem impor mudanças nas regras trabalhistas baseadas na Medida Provisória 936, editada pelo Governo Bolsonaro e que permite a suspensão do contrato de trabalho e a redução salarial dos trabalhadores. A negociação foi mediada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPT/MG).

Proposta absurda

A proposta do Mercantil do Brasil é absurda. A direção do banco reafirmou sua intenção de reduzir, ainda que temporariamente, a jornada de trabalho e a remuneração em 50% para todos os empregados ou parte destes, a critério do empregador e também na suspensão do temporária do contrato de trabalho por até 120 dias.

Diante da piora do acordo e das disparidades das propostas apresentadas pelo banco e as reivindicações apresentadas pelos sindicatos, o MPT sugeriu o encerramento das tratativas de negociação e deu como concluída a mediação, em razão do não consenso entre as partes.
O Movimento Sindical luta por contrapartidas aos trabalhadores, para ao menos reduzir os impactos negativos sobre os bancário.

“Os funcionários sofrem com agências superlotadas, pressão por metas, demissões e o banco ainda apresenta uma proposta absurda, que não vamos aceitar. Nesta campanha salarial está claro que a categoria, mais do que nunca, precisa estar unida e tem que participar ativamente da assembleia de hoje para organizar a nossa luta e preservar nossos direitos”, afirma a diretora do Sindicato do Rio, Marlene Miranda, que faz parte da COE.
A sindicalista acrescenta ainda que a provável intenção do banco de retirar direitos é a de atender somente aos interesses dos acionistas, sem nenhuma preocupação com quem produz os lucros, que são os funcionários. 

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