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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRIo
Sindicatos de todo o país estão recebendo denúncias de aumento das metas abusivas para a venda de seguros no Banco Mercantil do Brasil, em plena crise sanitária e econômica da pandemia. As cobranças estão acontecendo na área comercial de seguro de vida chamado “Seguro Mais Proteção”.
“A pressão na cobrança de resultados é uma das principais causas de doenças ocupacionais da categoria. Se as metas já são um problema na categoria a situação é ainda mais grave porque estamos diante de uma pandemia que aflige o mundo inteiro”, disse a diretora do Sindicato e membro da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do banco, Marlene Miranda.
Segundo as denúncias, os funcionários estão sendo pressionados a vender seguros para um grande número de aposentados e de baixa instrução, sem consentimento dos clientes, prática que fere inclusive o Código de Defesa do Consumidor.
Adoecimento de bancários
O banco está exigindo que cada funcionário digite sua matrícula e senha antes do atendimento. Caso haja reclamações por parte dos clientes por causa do seguro não solicitado, o Mercantil se isenta e passa toda a responsabilidade para o bancário que foi obrigado a repassar o produto sob ameaça de demissões. Os bancários são cobrados a cada hora através de vídeos, áudios e ligações para o número privado do empregado.
“A cobrança tem levado vários funcionários ao estresse e ao adoecimento. É uma prática desumana que leva o trabalhador a uma exaustação física e psicológica”, acrescenta Marlene.
Demissões na pandemia
O Mercantil do Brasil foi um dos primeiros bancos a demitir no período da pandemia do novo coronavírus, situação que foi barrada após denúncias dos sindicatos ao Ministério Público do Trabalho (MPT), que resultou em um acordo nacional de não demissão até 31 de agosto próximo.
“O acordo para não demitir foi feito para tranquilizar os funcionários, especialmente num momento tão dramático em que muitos brasileiros e brasileiras estão perdendo a vida para a Covid-19. Mas se o banco ameaça dispensar o empregado por não atingir as metas isso gera insegurança e aflição. É preciso pôr fim essa prática cruel e desumana e garantir tranquilidade, bem-estar, saúde e condições de trabalho para todos”, acrescenta Marlene.
Fonte: Sindicato dos Bancários de BH