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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Depois do Santander agora foi a vez do banco Mercantil do Brasil demitir funcionários. Nem mesmo a crise da pandemia do novo coronavírus foi suficiente para impedir as dispensas de dezenas de trabalhadores promovidas pelo banco na quarta-feira, dia 10 de junho, em unidades de todo o país.
No Rio de Janeiro um funcionário foi dispensado e em Niterói a unidade fechada desde a pandemia, foram dois trabalhadores demitidos. O movimento sindical repudiou a prática do banco
“É uma desumanidade o que a direção do BMB faz com seus funcionários. O setor financeiro, mesmo com a crise econômica causada pelo coronavírus é de longe o mais lucrativo do Brasil”, afirma a diretora do Sindicato do Rio, Marlene Miranda, que é membro da Comissão Organizadora dos Empregados.
O COE cobrou reunião com a direção do banco para tratar do assunto.
Aumento das filas
A maioria dos usuários e clientes do Mercantil é de beneficiários e pensionistas do INSS, vêm sofrendo com atendimento precário, superlotação de agências e filas enormes nas portas e interior das agências durante a pandemia, situação agravada pelas demissões.
“Mesmo com essa situação dramática de avanço do Covid-19 no Brasil o Mercantil demitiu dezenas de bancários, reduzindo o quadro de funcionários o que eleva a sobrecarga de trabalho e as aglomerações nessas unidades, colocando os funcionários e a população em risco de contágio. E grande parte destes usuários do banco é de idosos aposentados com mais de 60 anos, portanto pessoas de alto risco”, acrescenta Marlene.
Protocolo não cumprido
O Mercantil do Brasil não conseguiu oferecer a todos seus funcionários, em 2020, a vacinação corporativa contra o vírus influenza H1N1 e ainda se negou a aumentar o reembolso para os trabalhadores que buscaram a imunização em laboratórios particulares.
Banco tem muito dinheiro
O movimento sindical critica ainda que mesmo diante de uma das mais graves crises da história do capitalismo, levando a falência de milhares de empresas e indústrias, os bancos continuam faturando muito dinheiro.
“Somente no primeiro trimestre de 2020, o banco obteve lucro líquido de R$ 47 milhões e tem gasto uma fortuna em mídia e lives de cantores e duplas sertanejas”, critica Marlene.
Fonte: Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e Região