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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
O BMB já foi advertido por realizar empréstimos consignados para aposentados com valores acima do percentual máximo permitido pelo INSS, que é de 35% dos proventos
Foto: Divulgação
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
O Banco Mercantil do Brasil (BMB) registrou lucro líquido contábil de R$ 737,6 milhões nos nove primeiros meses de 2025. O resultado representa alta de 34,8% em relação ao mesmo período de 2024, quando o lucro foi de R$ 547,2 milhões. Somente no terceiro trimestre, o ganho atingiu R$ 254,3 milhões, crescimento de 4,8% sobre o trimestre anterior. Segundo números oficiais do próprio banco, este é o 12º trimestre consecutivo de lucro recorde.
O crescimento expressivo dos ganhos do BMB é acompanhado por investimentos robustos em marketing. A instituição lançou recentemente uma campanha estrelada por Roberto Carlos, um dos artistas mais populares do país, utilizando como slogan “Saber Viver” — tema de um de seus maiores sucessos musicais. A estratégia busca atrair especialmente o público acima dos 50 anos, segmento predominante entre os clientes do banco. Em campanhas anteriores, o cantor Fábio Júnior também foi destaque, reforçando a aposta no público-alvo 50+.
Embora o banco afirme que “não houve demissões em massa em 2025”, notícias de anos anteriores — especialmente entre 2020 e 2021 — apontavam cortes de pessoal. Segundo a direção do BMB, o quadro atual conta com 3.646 funcionários e estagiários, com 243 contratações em 12 meses e 46 no trimestre, impulsionadas pelo crescimento da base de clientes, majoritariamente composta por idosos.
O número de clientes aumentou em 400 mil, alcançando 8,3 milhões de pessoas. Outro destaque foi o avanço da digitalização: 85% das operações de crédito consignado foram realizadas por canais digitais.
O movimento sindical, porém, contesta os dados e considera insuficiente o número de empregados para atender à demanda. Segundo dirigentes, a instituição estaria impactando negativamente a qualidade do atendimento por falta de funcionários.