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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Demorou, mas saiu. Finalmente a Fenacrefi (Federação Interestadual das Instituições de Crédito) apresentou proposta global para os trabalhadores e trabalhadoras das financeiras. A proposição foi feita nesta sexta-feira (27), na 12ª reunião entre o coletivo da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) que representa a categoria e a entidade patronal.
Na avaliação do movimento sindical a proposta trouxe avanços significativos para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), com perspectiva de assinatura no dia 11 de outubro de 2024.
"O próximo passo é levar a proposta aos financiários que vão deliberar sobre a aprovação através de assembleia", explicou o diretor da Secretaria de Bancos Privados do Sindicato do Rio de Janeiro, Geraldo Ferraz, que faz parte do coletivo nacional da categoria e participou da reunião virtual.
Até o fechamento desta matéria não havia sido comfirmada a data da assembleia virtual. Confira abaixo os itens principais da proposta
Confira a proposta da Fenacrefi
Para 2024:
- Reajuste salarial de 4% para salários, verbas e benefícios.
- Pagamentos retroativos das diferenças salariais de junho a outubro até a folha de pagamento de novembro de 2024
- Pagamentos retroativos das diferenças dos benefícios a serem pagas até 30 de outubro de 2024.
- Antecipação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) com pagamento até 8 de novembro de 2024.
Para 2025:
- Reajuste salarial baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) referente ao período de junho de 2024 a maio de 2025 mais 0,3% de aumento real, a ser pago em junho de 2025.
- Mudança da data-base para outubro de 2025, com aplicação do INPC referente ao período de junho a setembro de 2025, acrescido de 0,3% de aumento real a ser pago em outubro de 2025.
- Negociações para uma nova CCT em outubro de 2026.
Como fica a PLR:
- Para 2024, a regra de pagamento da PLR permanece inalterada, mas será criada uma comissão paritária em até 60 dias após a assinatura do acordo, com conclusão até abril de 2025. A comissão terá o objetivo de apresentar propostas para eventuais mudanças na PLR a partir de 2025.
Outras cláusulas importantes:
- Convênio médico: Não haverá alteração na cláusula 21, no entanto, as empresas que desejarem implementar a coparticipação deverão negociar diretamente com os sindicatos, estabelecendo regras específicas.
- Violência contra a mulher: Ficou acordado que será construída uma cláusula sobre o tema.
- Combate ao assédio sexual e moral: Será feita uma redação conjunta de modo que contemple a realidade do financiário.
- Grupo de trabalho paritário: Um grupo será criado para realizar uma pesquisa inédita no setor financeiro, para construir o rosto dos financiários e outros aspectos relevantes à categoria.