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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Com informações da Contraf-CUT
Dirigentes sindicais, representantes dos trabalhadores das financeiras, se reuniram nesta sexta-feira (12), com a Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi) para a mesa de negociação sobre igualdade de oportunidades no setor.
A pedido da categoria, a economista Cátia Toshie Uehara, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), apresentou um levantamento elaborado a partir da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), de 2022, e que comprova desigualdade entre homens e mulheres e brancos e negros, no setor financiário.
Poucos negros
Toshie mostrou que, enquanto que em todo o país, os negros (pretos e pardos) representam 55,5% da população, no setor financiário são apenas 22,06% contra 68,25% de empregados brancos.
Outra distorção é que negros e negras ganham menos que pessoas de raça branca, com remuneração média mensal que corresponde a 69,7% do que recebem os financiários brancos, uma defasagem de 30%.
Mulheres também ganham menos
A técnica do Dieese mostrou ainda que, apesar de as mulheres representarem 52% do total de trabalhadores financiários, o setor paga a elas 57,29% da remuneração mensal média recebida pelos homens.
PcDs sem oportunidades
O levantamento apontou também que o setor tem baixíssima contratação de pessoas com deficiência (PCDs), que compõem somente 1,93% de toda a categoria.
O coordenador do Coletivo Nacional dos Financiários da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Jair Alves, ressaltou o dever de o setor corrigir as distorções, a partir da contratação de mais negros e negras e do cumprimento da lei de igualdade salarial dentre homens e mulheres.
"Nós cobramos uma resposta afirmativa sobre todos esses pontos, em primeiro lugar, porque se trata de igualdade de oportunidades e salariais que precisam e devem ser respeitadas pelas empresas do setor. Em segundo lugar, para avançarmos nas outras pautas da campanha", completou.
O movimento sindical solicitou ainda uma pesquisa sobre os trabalhadores e trabalhadoras do setor, no modelo da que já é feita na categoria bancária.
"Convocamos os financiários a participarem das atividades da Campanha Salarial e a ampliarem o número de trabalhadores sindicalizados É com Sindicatos fortes e a categoria Unida e mobilizada que o trabalhador conquista mais direitos, maior salário e melhores condições de saúde e de trabalho ", disse o diretor exwcutivo da Secretaria de Bancos Privados do Sindicato do Rio, Geraldo Ferraz.
Confira abaixo, o calendário dos trabalhadores das financeiras.
Calendário de Negociações
16/07 – Emprego: incluindo a questão do teletrabalho (Manhã)
19/07 – Saúde e condições de trabalho (Tarde)
23/07 – Cláusulas econômicas (Manhã)
30/07 – Cláusulas econômicas (Tarde)