EXPEDIENTE DO SITE
Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Com informações da Contraf-CUT
Com o lema "Representatividade gera Conquista", teve início na manhã desta terça-feira (26), a 7ª Conferência Nacional dos Financiários, realizada na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em São Paulo. A organização da campanha nacional dos financiários começou com a realização de uma consulta nacional que irá ajudar a pautar os debates da conferência.
Consulta às bases
Os resultados da Consulta Nacional serviram de base para o tema da primeira mesa do eevento. A economista Catia Uehara, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), apresentou números da consulta feita junto à base da categoria de todo país e realizada de 11 a 23 de março.
"Do total de trabalhadores que responderam ao formulário, 81,3% priorizam aumento real no salário, 72,5% escolheram reajuste diferenciado no VA e no VR e 62,1% responderam que querem especialmente o aumento da PLR", disse a técnica do Dieese.
Cada trabalhador que respondeu ao formulário poderia optar por até três questões consideradas prioritárias.
Manutenção de direitos
Nos itens das cláusulas sociais, as três opções mais citadas foram manutenção de direitos (61%), igualdade de oportunidades (29,7%) e melhores condições de trabalho (27,5%).
Participação na campanha
A maioria dos empregados das financeiras considera fundamental a participação de toda a categoria na campanha nacional: 91% entendem que "a responsabilidade é de todos os financiários" e estão dispostos a conversar com colegas de trabalho sobre as reivindicações da categoria (43,4%), participar de reuniões e assembleias (39,6%) e participar de protestos e manifestações virtuais, como tuitaços e campanhas por redes sociais (32,4%).
"Não há fórmula mágica para o tralhador conseguir melhores salários e condições de trabalho e de saúde. É a associação à entidade sindical representativa da categoria e a participação nas atividades da campanha salarial que garante avanços nos itens remunetários e nos direitos", explicou o diretor executivo da Secretaria de Bancos Privados, Geraldo Ferraz.
Este ano, a campanha tem uma relevância ainda maior, pois será renovada a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
"Precisamos preservar direitos conquistados e avançar ainda mais para garantir os empregos, recompor o poder de compra das famílias e melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores ", completou Geraldo.
Perfil da categoria
Cátia Uehara também apresentou o perfil da categoria, baseado na Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Os números mostram que em 2022, ano da última publicação da Rais, a categoria atingiu seu maior patamar histórico, com 8.381 trabalhadores. A distribuição entre sexo é equilibrada: 51% mulheres e 49% homens. A maioria dos trabalhadores (70%) possui entre 30 e 49 anos e ensino superior completo (87,7%).
"Aumentar a representatividade é essencial para fortalecer nossa voz coletiva e impulsionar nosso crescimento como categoria. Quanto mais unidos e diversificados formos, mais capacitados estaremos para enfrentar desafios, garantir nossos direitos e buscar novas conquistas que beneficiem a todos os financiários. É hora de nos unirmos e demonstrarmos nossa força para construirmos um futuro mais justo e próspero para cada um de nós”, analisou Jair Alves, coordenador do Coletivo de Financiários da Contraf-CUT.