EXPEDIENTE DO SITE
Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Olyntho Contente
Imprensa SeebRio
Na tarde desta quarta-feira (27/12) foram assinados com o BNDES, no Rio de Janeiro, o acordo sobre o benefício de assistência e saúde e o termo aditivo que reinsere no ACT as cláusulas sindicais. As propostas, aprovadas em assembleia virtual no último dia 21, surgiram após intensas negociações em um grupo de trabalho formado por dirigentes das associações de empregados, Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, pela Contraf-CUT e por representantes dos empregados eleitos em assembleia e também da diretoria do banco.
Participaram da assinatura o vice-presidente da Contraf-CUT Vinicius Assumpção; José Ferreira, presidente do Sindicato e o diretor executivo de Bancos Públicos da entidade, Rogério Campanate, além de representantes das associações. Para Vinicius Assumpção um dos itens mais importantes foi a preservação dos direitos adquiridos do plano de saúde.
“Conseguimos reverter o que estava colocado em mesa que era a inclusão de mensalidade e de coparticipação no plano de saúde atual, que feria de morte o direito adquirido do funcionalismo do BNDES. A posição firme da Comissão de Negociação conseguiu manter a essência do plano que é uma conquista histórica dos empregados”, avaliou.
Direito reconhecido
O dirigente frisou ser mais uma conquista o reconhecimento do BNDES por escrito do direito adquirido relativo ao plano de saúde. “Esta é mais uma vitória deste processo negocial, já que, até então, este direito não constava em nenhum documento”, ressaltou. Outro avanço importante foi a assinatura do aditivo que fez retornarem para o ACT as cláusulas sindicais que haviam sido retiradas pelo governo passado.
“Com estas cláusulas podemos fortalecer as lutas do funcionalismo através de suas representações, sejam as associações, os sindicatos, federações e a Contraf-CUT”, afirmou.
Reajuste retroativo
O presidente do Sindicato, José Ferreira, disse que a assinatura dos acordos foi uma vitória da organização e mobilização dos funcionários do Sistema BNDES. “Coroa um processo de intensos debates sobre a assistência à saúde. Temos a certeza de que a assembleia fez a melhor escolha”, afirmou, numa referência à decisão tomada em conjunto pelos empregados no último dia 21. Na assembleia, a proposição dos dois acordos foi aprovada por 970 votos (55,68% do total de 1.742 participantes), sendo que 772 votaram não (44,32%). Foi uma expressiva participação do funcionalismo do BNDES.
O diretor de Bancos Públicos do Sindicato, Rogério Campanate, ressaltou que estes acordos começaram a ser discutidos, sobretudo o do plano de saúde, sob a égide da CGPAR, com a ameaça de cobrança de mensalidade e coparticipação. “Depois de muitos meses de debates no GT, conseguimos chegar a um acordo garantindo o direito adquirido dos colegas, além do retorno das cláusulas sindicais, fortalecendo a organização dos empregados para as próximas negociações, já no ano que vem”, afirmou.
O presidente da Associação de Empregados do BNDES (AFBNDES), Arthur Koblitz, lembrou que além de derrotar a intenção de retirar direitos, o acordo conseguiu arrancar o reajuste do ano passado. “Foi uma grande vitória”, resumiu. Pelo acordo, o BNDES se compromete a pagar o reajuste do ACT passado, que o governo anterior sonegou, de forma retroativa.