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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Sindicatos e entidades de movimentos sociais realizaram nesta terça-feira (14), em frente ao prédio do Banco Central, na Avenida Presidente Vargas, no Centro do Rio, um protesto contra os altos juros praticados pela gestão de Roberto Campos Neto a frente da instituição e pelo fim da chamada “autonomia” do BC, criada pelo então ministro da Economia do governo Bolsonaro, Paulo Guedes, que tira do governo o controle sobre a política monetária e de juros.
O presidente do Sindicato dos Bancários do Rio José Ferreira elogiou a unidade dos trabalhadores em defesa da bandeira do combate aos juros, tese que foi defendida pelo presidente Lula e gerou um debate no mercado e na sociedade.
“A política monetária está hoje capturada por uma meia dúzia de bilionários que tem o seu representante no mais alto posto do Banco Central. Eles estão dizendo que o governo tem que ter controle dos gastos porque querem mais dinheiro dos juros para os rentistas. Não estão preocupados com as pessoas que estão dormindo nas ruas, com a falta de moradias e com a miséria. Juros baixos, já. Fora Campos Neto”, destacou Ferreira.
Mídia a favor dos bancos
O vice-presidente da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) Vinícius de Assumpção criticou a postura da mídia no embate travado entre o presidente Lula, que criticou a chamada “autonomia” do BC, e o atual presidente do BC e defendeu mais investimentos no setor produtivo para geração de empregos e renda.
“Esses juros, que são os maiores do planeta, impedem a geração de empregos e renda, porque ninguém vai investir no Brasil com juros de 13,75% ao mês. Isso é sabotagem do senhor Campos Neto e sua prática neoliberal, que defende a política do governo anterior de concentração de renda, que transfere dinheiro dos mais pobres para os mais ricos”, ressaltou.
Beneficiando a especulação
Adriana Nalesso, presidenta da Federa-RJ (Federação das Trabalhadoras e Trabalhadores do Rio de Janeiro) também ressaltou que a atual política de juros beneficia apenas os especuladores em detrimento do crescimento da economia.
“Estamos dando um recado: a sociedade exige a redução dos juros. A política do presidente do BC não contribui para a sociedade e nem para a economia do nosso país, aumenta a miséria e o desemprego, endivida as famílias, beneficiando apenas a especulação com estes juros altos”, criticou.
O ato contou também com a presença de centrais sindicais, como a CUT e a CTB. Pela manhã, houve ainda um tuitaço com a hashtag #JurosBaixosJá, que foi um dos temas mais comentados nas redes sociais.
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