Um homem negro, de 60 anos de idade, vai mercado, efetua o pagamento e o dono do estabelecimento liga para a polícia porque achava que a nota era falsa. Ele não tinha certeza. Ele achava. O homem, chamado George Floyd, foi algemado, colocado de barriga para baixo, e o policial o imobilizou com o joelho sobre seu pescoço por cinco minutos enquanto ele dizia, por várias vezes: “Eu não consigo respirar – I can’t not breathe!” Hoje, várias cidades americana e o estado de Minnesota-EUA onde ocorreu o crime, está um caos. O povo foi às ruas, o povo negro quer justiça e o fim da violência policial.

Segundo o Ipea, no Brasil, a cada três assassinatos, dois são negros. Dados do próprio IPEA e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostram que 75% das vítimas do país são negras. A taxa, registrada em 2017, corresponde a 65.602 homicídios naquele ano. Desse total, a cada 100 mortes, 75% são de jovens negros de 15 a 19 anos de idade. Para conter esse genocídio, se faz necessário mudar o enfrentamento contra a violência, contra o povo negro.

Chega de genocídio contra o povo negro, contra a juventude negra!

Basta!

*Almir Aguiar - Secretário de Combate ao Racismo da Comunicação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro - Contraf-CUT *