Segunda, 16 Janeiro 2023 23:28

93 anos lutando por democracia e direitos

Neste 17 de janeiro, data em que o Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro completa 93 anos, é possível, olhando pelo retrovisor da história, constatar que a entidade sindical participou da organização das lutas e das conquistas mais importantes da categoria, e também, das grandes campanhas que mobilizaram toda a sociedade brasileira. Foi assim que bancárias e bancários garantiram com greves e outras formas pressão a jornada diária de seis horas, a folga aos sábados e o 13º salário, e barraram a privatização dos grandes bancos públicos federais.
Outra vitória importante foi a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), válida para bancos privados e públicos, assegurando, entre outros direitos, a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), tíquetes refeição e alimentação, auxílio creche/babá e licença maternidade e paternidade ampliadas.
A conquista mais recente, assegurada na Campanha Nacional do ano passado, foi a manutenção dos direitos da CCT, assinada com a Fenaban. A Convenção Coletiva é válida por dois anos.Garantiu aumento de 10% em vales alimentação (VA) e refeição (VR), mais uma 14ª cesta alimentação de R$ 1 mil. Além disto, reajuste de 13% para a parcela adicional da PLR, com correção da inflação (8,83%) nos demais valores fixos da verba e reajuste nos salários e em todas as demais verbas, como auxílio-creche/babá, por exemplo, de 8% em 2022 (o reajuste corresponde a 91% da inflação, confirmada em 8,83% na data-base dos bancários: 1 de setembro). E, em 2023, reposição integral da inflação mais aumento real de 0,5%.
José Ferreira, que preside o Sindicato pela segunda vez, fala um pouco sobre a os desafios enfrentados. “Com uma longa trajetória de lutas por direitos, em diversos momentos da história, o Sindicato dos Bancários do Rio teve que enfrentar ditaduras e governos de arbítrio ou mesmo ultraliberais para garantir as melhores condições de trabalho, avanços sociais e as liberdades democráticas tão fundamentais, pois somente nelas é que podemos desenvolver nossas lutas sem que ocorram ameaças a nossa integridade física e a nossas vidas”, lembrou.

Golpe sobre Dilma e Lula

Ao mesmo tempo, o Sindicato participou de todas as lutas mais gerais da sociedade civil contra a ditadura militar, da campanha das diretas, pela volta da democracia, do impeachment de Fernando Collor e das mobilizações contra o governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso. Mais recentemente, participou da luta nacional de denúncia do golpe que derrubou a presidente Dilma Roussef, e que, acompanhado da prisão política do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – impedindo-o de participar do processo eleitoral de 2018, abriu caminho para eleição da extrema-direita representada por Jair Bolsonaro.

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