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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Somente à tarde, após a invasão dos prédios dos três poderes, é que o governador Ibaneis Rocha decidiu tomar alguma atitude para evitar uma intervenção que o afastasse do poder: demitiu o bolsonarista ausente Anderson Torres e determinou às forças de segurança que desocupassem os prédios, prendessem em flagrante os golpistas invasores e dispersassem quem estivesse participando do ato golpista.
Pouco depois, no entanto, o presidente Lula que visitava a cidade de Araraquara, castigada pelas chuvas, decretou a intervenção na segurança pública do DF. À noite, voltou a Brasília, visitou o Palácio do Planalto, e o prédio do STF, ambos depredados, reunindo-se com a presidenta do Tribunal, Rosa Weber e o ministro Luiz Barroso.
Nesta madrugada, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do STF, Alexandre de Moraes, determinou por 90 dias o afastamento do cargo do governador Ibaneis, por entender que os atos terroristas só podem ter ocorrido com a conivência do governo do DF, ‘uma vez que os preparativos para a arruaça eram conhecidos’.
Com a ação policial, foram presos, à tarde e à noite, inicialmente, 172 pessoas, levadas para as instalações da Polícia Civil. Outras que estavam próximas aos prédios depredados também foram detidas à noite. Nesta segunda-feira, o Exército desmontou o acampamento em frente ao QG, prendendo os participantes que ali estavam e levando-os para a Superintendência da Polícia Federal em dezenas de ônibus. O estimativa é de que tenham sido detidos mais de 1 mil golpistas.