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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Publicado: 09 Janeiro, 2023 - 09h22 | Última modificação: 09 Janeiro, 2023 - 10h30
Escrito por: Redação CUT | Editado por: Rosely Rocha
40 ônibus com cerca de 1300 golpistas estavam sendo escoltados pela PM em direção à dsede da Polícia Federal em Brasília para uma triagem. Ainda há dezenas de golpistas ainda nos acompamentos que também deverão ser levados à sede da PF, na manhã desta segunda-feira (9), após os atos de vandalismo que ocorreram no domingo (8), que destruiram as sedes do Palácio do Planalto, do Supremo Trinunal Federal e do Congresso Nacional.
A Polícia Militar do Distrito Federal começou a desmontar o acampamento golpista próximo ao quartel-general do Exército em Brasília. Ação acontece após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que deu 24 horas para que acampamentos fossem desmobilizados.
“Os golpistas que promoveram a destruição do patrimônio público em Brasília estão sendo identificados e serão punidos”, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao vistoriar as instalações do Palácio do Planalto, do STF e Congresso Nacional, vandalizados por bolsonaristas nesse domingo, com leniência do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha.
Governador do DF afastado do cargo
Além de determinar o fim dos acampamentos, Moraes também determinou na madrugada desta segunda-feira (9) o afastamento do cargo do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, por 90 dias.
A decisão foi tomada no âmbito do inquérito que investiga a realização de atos antidemocráticos, após análise de pedido feito pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e pela Advocacia-Geral da União.
“A escalada violenta dos atos criminosos resultou na invasão dos prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, com depredação do patrimônio público, conforme amplamente noticiado pela imprensa nacional, circunstâncias que somente poderiam ocorrer com a anuência, e até participação efetiva, das autoridades competentes pela segurança pública e inteligência, uma vez que a organização das supostas manifestações era fato notório e sabido, que foi divulgado pela mídia brasileira", disse Moraes em sua decisão.
O ministro afirmou ainda em sua decisão que os "agentes públicos (atuais e anteriores) que continuarem a se portar dolosamente dessa maneira, pactuando covardemente com a quebra da Democracia e a instalação de um estado de exceção, serão responsabilizados".
"Absolutamente TODOS serão responsabilizados civil, política e criminalmente pelos atos atentatórios à Democracia, ao Estado de Direito e às Instituições, inclusive pela dolosa conivência – por ação ou omissão – motivada pela ideologia, dinheiro, fraqueza, covardia, ignorância, má-fé ou mau-caratismo", pontuou Moraes em sua decisão.
O ministro do STF também determinou que o acampamento de golpistas na frente do quartel-general do Exército, em Brasília, seja desfeito imediatamente pelas Polícias Militares dos estados e DF, com apoio da Força Nacional e Polícia Federal se preciso.
"Absolutamente nada justifica e existência de acampamentos cheios de terroristas, patrocinados por diversos financiadores e com a complacência de autoridades civis e militares em total subversão ao necessário respeito à Constituição Federal", afirmou Moraes na decisão.
Bloqueio de perfis bolsonaristas
Moraes ainda determinou que até o dia 31 de janeiro está proibido o ingresso "de quaisquer ônibus e caminhões com manifestantes no Distrito Federal". Segundo a decisão, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Federal "deverão providenciar o bloqueio, a imediata apreensão do ônibus e a oitiva de todos os passageiros, com base no artigo 5º da Lei antiterrorismo, que pune os atos preparatórios".
A decisão também pede o bloqueio de 18 contas no Facebook, TikTok e Twitter relacionadas aos atos golpistas sob pena de multa diária de R$ 100.000 em caso de descumprimento.
Desprezíveis ataques terroristas
Antes mesmo da decisão, o ministro do STF já havia se pronunciado a respeito dos atos golpistas que resultaram na invasão das sedes dos Três Poderes neste domingo (9).
"Os desprezíveis ataques terroristas à Democracia e às Instituições Republicanas serão responsabilizados, assim como os financiadores, instigadores, anteriores e atuais agentes públicos que continuam na ilícita conduta dos atos antidemocráticos. O Judiciário não faltará ao Brasil!", postou, em seu perfil no Twitter.
Com informações da RBA e Brasil de Fato