Quinta, 22 Dezembro 2022 17:07
DESASTRE ADMINISTRATIVO

Resultado de 4 anos do governo Bolsonaro é de desmonte do estado e 14 mil obras paradas

Vice-presidente eleito e chefe da transição, Geraldo Alckmin, sinaliza que situação ruim do país foi causada por ineficiência de Bolsonaro e Guedes
Geraldo Alckmin, vice-presidente eleito e chefe da transição: "Mais de 14 mil obras paradas. Isso não é austeridade, isso é ineficiência de gestão. Uma tarefa hercúlea que vem pela frente" Geraldo Alckmin, vice-presidente eleito e chefe da transição: "Mais de 14 mil obras paradas. Isso não é austeridade, isso é ineficiência de gestão. Uma tarefa hercúlea que vem pela frente" Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

A situação de desmonte do estado brasileiro e o buraco nas contas da União m que chega a R$500 bilhões da União, após quatro anos de gestão do presidente o Jair Bolsonaro (PL) e do ministro da Economia Paulo Guedes é muito pior do que imaginava a equipe de transição. O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) criticou o desmonte do estado brasileiro.

"Mais de 14 mil obras paradas. Isso não é austeridade, isso é ineficiência de gestão. Uma tarefa hercúlea que vem pela frente", destacou.

Alckmin, que coordena a transição do novo governo lula, disse ainda que não há uma única área sequer do país que não tenha sido atingida pela atual gestão que vive seus últimos dias, apontando um quadro que ele descreveu como “difícil e triste”, com a paralisação de obras fundamentais, como construção de escolas, merenda escolar, saneamento básico e urbanização, transportes e centenas de empreendimentos.

Retrocesso na educação

Vice-presidente eleito e coordenador da transição do novo governo de Lula (PT), aponta quadro "difícil e triste" para a nova gestão.

Estão paradas obras de construção de escolas, hospitais, pontes, praças, rodovias, ciclovias, quadras esportivas, mercados públicos, abrigos, casas populares, aterros sanitários, sistemas de saneamento e urbanização, terminais de passageiros e diversos outros empreendimentos. O relatório revela retrocessos em diversas áreas, como na educação.

“A aprendizagem diminuiu, a evasão escolar aumentou e os recursos ficaram congelados”, explicou Alckmin.

es mesmo de assumir o governo, o presidente Lula já destinou para a educação, através da chamada PEC (Projeto de Emenda Constitucional), R$12 bilhões para a educação.

Cobertura vacinal cai

m relação à saúde o chefe da transição declarou que o setor vive um retrocesso sem precedentes. "A má condução da gestão fez com que o Brasil tivesse quase 11% das mortes por covid nessa pandemia", disse, criticando o movimento “antivacina” de Bolsonaro durante todo o seu mandato.

A queda na cobertura vacinal é outra grande preocupação do governo Lula. "Veja o caso da poliomielite, por exemplo, onde 50% das crianças não foram vacinadas no reforço. Há um grande desafio pela frente", destacou.

Habitação afetada

Na área de habitação, o novo programa habitacional “Casa Verde Amarela”, nome dado pelo governo Bolsonaro ao “Minha Casa, Minha Vida” criado no primeiro governo Lula, deixou de fora as famílias mais pobres, aquelas com renda familiar de até R$ 1,8 mil, conhecidas como faixa 1.

"Praticamente zerou essa faixa, que é a mais importante do ponto de vista social. Se tirou a possibilidade de casa própria às famílias de menor renda", destacou Alckmin.

No meio ambiente, os números explicam porque o atual governo deixou de receber dinheiro de fundos internacionais para a área: O relatório aponta aumento de 59% do desmatamento na Amazônia entre 2019 e 2022.

Aumento de armas e mortes

 Outra crítica feita pela equipe de transição foi a flexibilização de armas na atual gestão, o que explica em parte os números recordes de mortes de mulheres.

“Bolsonaro deixa o Brasil num quadro de absoluto desmonte. Serão muitos os desafios, mas nossa expectativa é de que Lula conseguirá reconstruir o país, a começar pela volta da credibilidade internacional que o presidente eleito tem no mundo”, disse a vice-presidenta do Sindicato dos Bancários do Rio Kátia Branco.

 

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