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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Bancários e bancárias do Estado do Rio de Janeiro realizaram nesta quinta-feira (22), uma atividade em protesto contra o fechamento de agências e a demissão em massa nos dois bancos privados que mais lucram no país, Itaú e Bradesco. Na capital, o ato ocorreu em três unidades do Bradesco e quatro do Itaú, no Centro e houve retardamento na abertura das agências até ao meio-dia.
Reforma trabalhista
Houve protestos também em Niterói, São Gonçalo, Baixada Fluminense, Região Serrana e Norte Fluminense.
“Nosso objetivo nessa atividade de hoje é de atuar em defesa dos empregos e contra as demissões. Os bancos estão dispensando em massa. Somente na base de nosso estado, no Bradesco foram quase 500 demissões, o que consideramos um absurdo. Os bancos precisam transformar suas propagandas de ‘responsabilidade social’ em fato real, garantindo os empregos, ainda mais neste período de Natal, mas, na prática, o que menos vemos no sistema financeiro é o espírito natalino de solidariedade”, avaliou a presidenta da Federa-RJ (Federação das Trabalhadoras e Trabalhadores no Ramo Financeiro), Adriana Nalesso, que é também diretora do Departamento Jurídico do Sindicato do Rio.
“O nosso maior desafio é debater o trabalho decente, garantir empregos e remuneração justa, principalmente neste momento de precarização e terceirização cada vez mais intensas no sistema financeiro. Os bancos se utilizam da reforma trabalhista para, cada vez mais, terceirizar as atividades fins, precarizando o trabalho e colocando em risco o sigilo bancário dos clientes, e através da pejotização, via personal banker e plataformas de investimentos, nas quais os bancários passam a prestar serviços sem direitos previstos na Convenção Coletiva, como plano de saúde e previdência, a não ser que o trabalhador arque com todas as despesas”, acrescenta Nalesso.
Atividades vão continuar
O diretor do Sindicato Leuver Ludolff disse que os protestos da categoria vão continuar.
“Enquanto os bancos demitirem trabalhadores e adoecerem bancários através do assédio moral para atingir metas desumanas nós vamos continuar realizando atos para denunciar a gravidade da situação à população”, explicou.