Quinta, 22 Dezembro 2022 13:34
NATAL DE LUTO

Bancários realizam protestos e paralisações contra demissões no Itaú e Bradesco

Atividade organizada pela Federa-RJ critica ainda fechamento de agências, metas abusivas, assédio moral e terceirizações
Papai Noel de preto no ‘Natal de Luto’: protestos dos sindicatos do Estado do Rio contra demissões e fechamento de agências no Itaú e no Bradesco Papai Noel de preto no ‘Natal de Luto’: protestos dos sindicatos do Estado do Rio contra demissões e fechamento de agências no Itaú e no Bradesco Foto: Nando Neves

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

Bancários e bancárias do Estado do Rio de Janeiro realizaram nesta quinta-feira (22), uma atividade em protesto contra o fechamento de agências e a demissão em massa nos dois bancos privados que mais lucram no país, Itaú e Bradesco. Na capital, o ato ocorreu em três unidades do Bradesco e quatro do Itaú, no Centro e houve retardamento na abertura das agências até ao meio-dia.

Reforma trabalhista

Houve protestos também em Niterói, São Gonçalo, Baixada Fluminense, Região Serrana e Norte Fluminense.

“Nosso objetivo nessa atividade de hoje é de atuar em defesa dos empregos e contra as demissões. Os bancos estão dispensando em massa. Somente na base de nosso estado, no Bradesco foram quase 500 demissões, o que consideramos um absurdo. Os bancos precisam transformar suas propagandas de ‘responsabilidade social’ em fato real, garantindo os empregos, ainda mais neste período de Natal, mas, na prática, o que menos vemos no sistema financeiro é o espírito natalino de solidariedade”, avaliou a presidenta da Federa-RJ (Federação das Trabalhadoras e Trabalhadores no Ramo Financeiro), Adriana Nalesso, que é também diretora do Departamento Jurídico do Sindicato do Rio.

“O nosso maior desafio é debater o trabalho decente, garantir empregos e remuneração justa, principalmente neste momento de precarização e terceirização cada vez mais intensas no sistema financeiro. Os bancos se utilizam da reforma trabalhista para, cada vez mais, terceirizar as atividades fins, precarizando o trabalho e colocando em risco o sigilo bancário dos clientes, e através da pejotização, via personal banker e plataformas de investimentos, nas quais os bancários passam a prestar serviços sem direitos previstos na Convenção Coletiva, como plano de saúde e previdência, a não ser que o trabalhador arque com todas as despesas”, acrescenta Nalesso.

Atividades vão continuar

O diretor do Sindicato Leuver Ludolff disse que os protestos da categoria vão continuar.

“Enquanto os bancos demitirem trabalhadores e adoecerem bancários através do assédio moral para atingir metas desumanas nós vamos continuar realizando atos para denunciar a gravidade da situação à população”, explicou.

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