Segunda, 19 Dezembro 2022 19:22

Bancos privados dão presente de grego para bancários no Natal: demissões e assédio

Maiores juros do planeta praticados pelo cartel do sistema financeiro aumenta endividamento e miséria no Brasil

Os bancários e bancárias chegam à semana do Natal com os maiores bancos privados do país, Itaú, Bradesco e Santander, dando presente de grego para os funcionários: demissões em massa e assédio moral.
Nas últimas semanas, o Sindicato do Rio tem recebido uma enxurrada de denúncias de bancários demitidos e a situação ocorre também em nível nacional, especialmente no Itaú. Além de tirar o emprego dos bancários, o banco da família Setúbal assedia moralmente os empregados e ameaça dispensar quem não atinge as metas cada vez mais desumanas. No Bradesco não é diferente. E, com o fechamento de agências, o banco, além de explorar e sobrecarregar os bancários, desrespeita os clientes, se negando a atender presencialmente a população, o que tem gerado protestos do Sindicato.
“Nas campanhas publicitárias, os bancos usam da emoção do Natal, momento em que as famílias se reúnem e se confraternizam, com imagens de árvores natalinas, mas na prática, a política de dispensas e de pressão psicológica que adoece a categoria, está muito longe e até na contramão do espírito natalino”, destacou o diretor da Secretaria de Bancos Privados do Sindicato, Geraldo Ferraz.

O país da especulação

O Itaú discrimina e humilha seus empregados até na hora de realizar um encontro no final de ano, levando para a famosa casa de shows Vivo Rio gestores e executivos e poucos “privilegiados” que atingiram as metas. O restante ficou de fora.
O Santander também não fica para trás: o grupo espanhol sequer abonou as horas em que os funcionários brasileiros acompanharam e sofreram durante as partidas da seleção brasileira na Copa do Mundo do Catar. E o Bradesco constrange seus funcionários a “barrar” os clientes na portas das agências, negando o atendimento presencial.
“Não sei como os banqueiros e suas abastadas famílias conseguem ter paz para se reunir numa farta mesa de Natal sabendo que milhares de bancários são demitidos e não têm o que comemorar e 62 milhões de brasileiros amargam uma situação de miséria e humilhação de cair na lista dos endividados do SPC por causa dos maiores juros do planeta praticados pelo cartel do sistema financeiro no Brasil”, completou Geraldo.

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