EXPEDIENTE DO SITE
Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
“Essa foi uma vitória importante, numa negociação longa e muito difícil, que exigiu grande participação dos trabalhadores e empenho de suas entidades de representação”. A avaliação foi feita pelo vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Vinícius Assumpção, sobre a proposta de acordo específico feita pela diretoria do BNDES e aprovada pelos empregados, em assembleia virtual realizada na segunda-feira, dia 12 de dezembro.
O acordo abrange todos os funcionários do chamado Sistema BNDES, que inclui, além do banco, as subsidiárias BNDESPAR e Finame. A proposta foi aprovada em assembleia realizada online nesta segunda-feira (12), por 1.054 votos, ou 56% do total. Nesta quinta-feira (22), os funcionários vão deliberar, em assembleia virtual (inscrição em nosso site), sobre a assinatura do acordo coletivo do BNDES, BNDES-PAR e Finame (Agência Especial de Financimaneto Industrial).
Último a assinar acordo
O BNDES é o único banco que ainda não assinou o acordo com seus funcionários. A instituição agiu com grande intransigência durante toda a campanha nacional dos bancários, sempre buscando retirar direitos adquiridos ao longo de décadas de luta dos funcionários, até que a negociação foi levada à mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST).
A proposta contempla os termos da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária, assinada este ano com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), com validade para o período de 2022-2024. Para 2022, o acordo prevê reajuste de 8% retroativo a setembro.
Para 2023, a correção será pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), mais aumento real de 0,5% – condicionado aos resultados do grupo de trabalho (GT) específico para estudo sobre o plano de saúde, oferecido a funcionários, aposentados e seus dependentes, como definido no parágrafo 4º da cláusula 32 do ACT. Também está prevista a cláusula pós-emprego, antiga reivindicação do funcionalismo.
A expectativa do movimento sindical é de que, com o governo Lula eleito e Aloízio Mercadante na presidência da empresa, a direção do banco volte a dialogar com os trabalhadores para, a partir de 2023, aprovar na íntegra, e através de negociação, os acordos firmados pela categoria com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), ouvindo às reivindicações dos funcionários.