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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
A democracia não pode conviver com ataques ao estado democrático de direito, muitos realizados por organizações criminosas armadas, como milícias, e financiadas por empresários e políticos. Nas nações democráticas mais desenvolvidas qualquer tentativa de golpe de estado ou ameaça à liberdade é tratada como crime e os responsáveis, levados à prisão. O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Morais faz valer os direitos democráticos previstos na Constituição Federal, autorizando a Polícia Federal a cumprir, nesta quinta-feira (15) mais de 100 mandados de busca e apreensão contra apoiadores radicais do presidente Jari Bolsonaro (PL), que são suspeitos de organizarem os atos antidemocráticos, inclusive bloqueio ilegal de rodovias contra o resultado das eleições, que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva (PT) presidente do país.
Quebra de sigilo bancário
A operação está relacionada à investigação sobre atos antidemocráticos contra o resultado das eleições. São mais de 100 mandados, inclusive com autorização de prisões. Os empresários, policiais e políticos acusados de organizar estas práticas tiveram seus sigilos bancários quebrados. É o caso dos deputados estaduais Carlos Von (DC-ES) e Capitão Assunção (PL-ES).
Os mandados são cumpridos em sete estados (Acre, Amazonas, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rondônia e Santa Catarina) e no Distrito Federal. Foram apreendidas armas pesadas em mãos dos organizadores dos "atos terroristas", expressão confirmada por relatório da Polícia Rodoviária Federal em relação ao bloqueio de uma rodovia federal, em Santa Catarina, na última quarta-feira (15), com uso de pneus queimados e “miguelitos” (objeto perfurante em forma de cruz retorcida, feito com dois pregos grandes entrançados, usado geralmente para furar pneus de veículos). O ministro da Justiça do governo eleito, Flávio Dino, disse que "atos antidemocráticos" não podem ser considerados como liberdade de expressão".
Alexandre de Moraes já havia determinado, em novembro, o bloqueio de bens de 43 empresas e pessoas suspeitas de financiar os atos antidemocráticos, a maioria do Estado do Mato Grosso. No mesmo mês, pessoas ficaram até 30 horas sequestradas por bolsonaristas em rodovia bloqueada, em Santa Catarina, quando viajavam de ônibus ou automóvel, no dia da eleição do segundo turno (30/11), logo após Lula conseguir uma virada no pleito, derrotando o candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL).