Segunda, 12 Dezembro 2022 19:55
SANTANDER JOGA CONTRA

Sindicatos protestaram contra compensação de horas nos jogos do Brasil

CONTRA-ATAQUE - Os diretores do Sindicato do Rio,  Marcos Vicente, Adriano Garcia e Fátima Guimarães,  no Dia Nacional de Luta do Santander CONTRA-ATAQUE - Os diretores do Sindicato do Rio, Marcos Vicente, Adriano Garcia e Fátima Guimarães, no Dia Nacional de Luta do Santander

A seleção brasileira, com a maioria dos jogadores com muita ostentação de suas vidas milionárias – com direito a comer carne banhada a ouro – e nenhuma identificação com o torcedor brasileiro, está fora da Copa do Mundo, assim como a Espanha. Mas não foi apenas o escrete canarinho que fez “gol contra” nessa Copa. O Santander decidiu, de forma arbitrária, não abonar as horas em que seus funcionários assistiram às partidas do Brasil, exigindo a compensação, ao contrário da maioria dos bancos. Num país apaixonado por futebol, a decisão foi vista como uma covardia para com os bancários e descumpre inclusive a orientação da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos), que emitiu nota mudando o horário de atendimento das instituições do setor, em função dos jogos da Copa.
Em resposta, sindicatos de todo o país protestaram, na terça-feira (6) contra a medida absolutamente desnecessária. No Rio de Janeiro houve atividade na agência da Avenida Rio Branco, 70, e no prédio administrativo, antigo “Realzão”, no Centro da cidade. O movimento sindical denunciou a arbitrariedade do banco também nas redes sociais, com a hashtag #SantanderJogaContra, obtendo apoio da opinião pública.

Terceirizações e demissões

Os sindicalistas protestaram também contra as terceirizações, as demissões, fechamento de agências físicas e o assédio moral no banco.
“O Santander joga contra os bancários e os brasileiros, justamente o país que mais produz lucros ao grupo espanhol. Neste Dia Nacional de Luta estamos denunciando esta covardia que o banco faz com seus funcionários, mesmo sabendo da paixão que nós brasileiros temos pelo futebol.Foi mais um ‘gol contra’ da empresa em nosso país”, disse o diretor do Sindicato, Marcos Vicente, representante da COE. A diretora da entidade, Fátima Guimarães, criticou a elevação das metas que estão adoecendo os bancários.
“O banco demite trabalhadores e sobrecarrega quem permanece nas agências. É cada vez maior as denúncias de pressão e assédio moral por causa da política de metas desumanas. O Santander não respeita os empregados e nem seus clientes”, ressaltou.
“Duvido que os donos e altos executivos do Santander trabalharam durante a partida da seleção espanhola. Com certeza estavam no Catar, degustando iguarias e vinhos caros para acompanhar a partida da Espanha, que também acabou eliminada”, reclamou o diretor do Sindicato, Adriano Garcia.

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