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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
O Itaú não tem limites quando o assunto é humilhar seus funcionários, aplicando o ‘mito da meritocracia’ para valorizar suas metas de produtividade desumanas. A direção do banco programou um evento de final de ano no badalado Viva Rio, uma das mais tradicionais casas de show do Rio de Janeiro, mas com entrada exclusiva para o alto escalão, como Gerentes Gerais de Agência (GGA) e gestores, barrando a maioria dos bancários. Os poucos funcionários que atingem as metas, quase inatingíveis, também foram convidados para o evento “Encontro Varejo 2022”.
Bancários humilhados
Já os demais trabalhadores foram humilhados com um verdadeiro presente de grego para compensar a discriminação do banco e o constrangimento imposto à maior parte dos empregados barrados no evento presencial: uma live na quarta-feira (7), no final da tarde, em que o bancário está na condução lotada de volta para casa, após mais um dia exaustivo de trabalho, assédio moral, metas e o medo de ser demitido. Além da live, os bancários excluídos do ‘evento’, ganharam R$70, um “prêmio de consolo” que os próprios bancários estão chamando de “vale-delivery”, já que o valor irrisório não dá nem para comprar uma pizza grande com coca-cola nas melhores casas do ramo e o trabalhador estará em casa, excluído de participar do evento destinado aos poucos privilegiados.
“O Itaú não se contenta em demitir, assediar e adoecer o bancário. O banco se acha no direito de humilhar e constranger seus funcionários. Imagine o dia seguinte, os poucos privilegiados, ‘os iluminados’ comentando o ‘evento’ no Vivo Rio e uma maioria barrada e não valorizada, com um presente de grego de ‘consolação’. Essa hipocrisia com discurso de meritocracia é mais uma crueldade do banco”, criticou a diretora do Sindicato do Rio, Maria Izabel, representante da COE (Comissão de Organização dos Empregados), que recebeu dezenas de denúncias de bancários e bancárias indignados com a postura desumana do Itaú