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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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A farsa montada contra Luiz Inácio Lula da Silva, através da qual um juiz de primeira instância, Sérgio Moro, o afastou da disputa eleitoral através de uma condenação política, sem provas, está se repetindo na Argentina. Lá, o jogo sujo está sendo montado para afastar da política a vice-presidente do país, Cristina Kirchner.
Em nota oficial, divulgada nesta terça-feira (6/12), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) repudiou o que classificou como “julgamento ilegal” de Cristina pela primeira instância da Justiça argentina. Para a CUT, trata-se de uma estratégia que se utiliza da lawfare para tirá-la da disputa eleitoral. A vice-presidente é acusada de associação ilícita com um empresário que teria se beneficiado de obras públicas em Santa Cruz, no sul da Argentina, na gestão de Néstor Kirchner como presidente. Lawfare é o uso ou manipulação das leis como instrumento de combate a um oponente desrespeitando os procedimentos legais e os direitos do indivíduo que se pretende eliminar.
Armação conhecida
“Querem fazer na Argentina o mesmo que fizeram no Brasil com o Lula (Luiz Inácio Lula da Silva) e Dilma (Rousseff). E, para não parecer golpe de Estado, se utilizam de subterfúgios judiciais”, afirmou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, ao comentar o caso e a nota da CUT.
“Se utilizam do discurso de combate à corrupção para dar aspectos legais, mas vimos aqui no Brasil os interesses que havia por trás da condenação de Lula e da deposição de Dilma. Se utilizaram de um juiz que julgava o caso com parcialidade para colocar os verdadeiros corruptos no poder e promover um massacre contra os direitos dos trabalhadores”, completou.
Em entrevista à jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, a vice-presidenta da Argentina, que também é senadora, rebate as acusações e afirma ser vítima de um “pelotão de fuzilamento” e que as acusações feitas contra ela trata-se de “falsidade absoluta”.
Golpe contra a democracia
Além de expressar solidariedade à Cristina Kirchner, na nota oficial, a CUT afirma ser inadmissível que nossas democracias latino-americanas continuem sendo atacadas de forma tão furtiva e ilegítima como já presenciamos na Bolívia e no Brasil. “Temos plena convicção de que este será mais um processo arquivado por conter acusações infundadas, sem fundamento e politicamente motivadas da já derrotada extrema direita que tenta por meio de fake news e do uso de falsas acusações nos tribunais políticos voltar desesperadamente ao poder”.
Leia a íntegra da nota da CUT (em espanhol).