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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
O Movimento Sindical conseguiu, nesta quarta-feira. 7 de dezembro, a segunda vitória seguida contra os ataques do governo Bolsonaro aos trabalhadores, por via do Congresso Nacional. Após impedir a votação do Projeto de Lei 1043/2019 na Comissão de Defesa do Consumidor (CDC) da Câmara dos Deputados, na quarta-feira, 30 de novembro, que se aprovado, obrigaria os bancários a trabalhar nos finais de semana, o secretário de Relações do Trabalho da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Fianceiro), Jefferson Meira, o Jefão, articulou apoio de parlamentares para retirar da pauta na Comissão do Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP), o PL 817/2022, que restringe o direito de greve de categorias consideradas ‘essenciais’, entre elas a dos bancários.
Lobby de banqueiros
O autor da proposta é conhecido por defender propostas patronais e contra os trabalhadores, o deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil – SP), ex-bolsonarista e ultraliberal convicto, sempre à serviço dos interesses do sistema financeiro. O relator, deputado Eli Corrêa, é visto por sindicalistas como lobista dos banqueiros e tomou a mesma posição em relação à proposta que prevê o trabalho de bancários aos sábados e domingos.
“O projeto prejudicaria a correlação de forças de nossa categoria nas negociações. Conseguimos com muita luta e pressão, articular com parlamentares comprometidos com a classe trabalhadora, oposição ao atual governo, retirar momentaneamente o projeto da pauta. Resta apenas mais uma sessão na comissão este ano. Estamos trabalhando para que esse projeto não volte a ser discutido nesta legislatura e possamos arquivá-lo em definitivo”, disse Jefão.
“Temos que ficar atentos e continuar a mobilização contra mais este ataque contra a categoria, enviando mensagens contra o PL 817/2022”, destacou o presidente do Sindicato do Rio, José Ferreira, criticando a contradição da justificativa da proposta de considerar a atividade bancária essencial e, por isso, o trabalhador bancário ter restrições ao direito de greve.
“Está na cara que a proposta é um lobby pesado dos banqueiros. Para o parlamentar autor do projeto, 'essencial' não é o serviço prestado pelos bancários e bancárias, mas sim o interesse econômico do sistema financeiro”, ressaltou a vice-presidenta do Sindicato, Kátia Branco.