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Deputados e senadores pedem que governo Bolsonaro seja investigado por suspender os repasses para a Operação Carro-Pipa, que há mais de 20 anos leva água para 1,6 milhão de nordestinos
Publicado: 25 Novembro, 2022 - 08h35 | Última modificação: 25 Novembro, 2022 - 12h15
Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz
As bancadas do PT e do PSOL na Câmara dos Deputados e no Senado entraram com representação junto à Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo que o governo de Jair Bolosnaro (PL), derrotado nas eleições deste ano, seja investigado por suspender os repasses para a Operação Carro-Pipa, que há mais de 20 anos leva água para 1,6 milhão de nordestinos e exigem que o abastecimento seja retomado imediatamente. O governo federal alega falta de recursos. O PSOL vê a medida como retaliação aos eleitores nordestinos, que votaram majoritariamente no presidente eleito Lula.
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A suspensão do abastecimento foi revelada pelo colunista Carlos Madeiro, do UOL. De acordo com o colunista, a suspensão pegou as Defesas Civis, pipeiros e moradores de surpresa. Pela regra, cada família tem direito a 20 litros de água por dia a cada integrante assistido. Ou seja, se a casa tem cinco moradores, são 100 litros diários. Eles já relatam prejuízos.
O PSOL pede à PGR a instauração de procedimento administrativo de acompanhamento de política pública, com participação de setores da sociedade civil. A Operação Carro-Pipa é financiada com recursos do Exército em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Regional.
“O corte no programa Operação-Pipa é mais uma clara ação do governo Bolsonaro, em seus momentos agonizantes, para confirmar seu desprezo pela dignidade humana do povo brasileiro e exercitar sua retaliação antidemocrática contra os nordestinos e nordestinas, por sua participação fundamental na derrota da extrema direita nas eleições”, afirma a líder do partido na Câmara, Sâmia Bomfim (SP).
O PT pede que abastecimento seja retomado imediatamente, sob pena de causar mortes. “Os fatos apontados na matéria compõem uma situação que demanda a mais pronta intervenção dos órgãos de controle sobre a Administração Pública, porque se afigura iminência de morte se essa população seguir desassistida da entrega de água potável, cabendo ponderar que nesse contexto as vulnerabilidades se somam: além do não acesso a bem imprescindível ao viver, há, nesse contingente, crianças, idosos, gestantes, pessoas com doenças graves.