Quarta, 09 Novembro 2022 13:29

Crescimento dos casos de subvariante da covid leva prefeitura a recomendar quinta dose

Olyntho Contente

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Imprensa SeebRio

O surgimento da nova subvariante da ômicron, a BQ.1, influenciou o aumento da taxa de positividade no Rio, que saltou de 5% para 21%. Com isto, segundo o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, as pessoas que tomaram a última dose de reforço da vacina contra a Covid-19 há 10 meses já podem procurar um posto para tomar a quinta dose do imunizante. 

Explicou, no entanto, que, por enquanto se encaixam nesse perfil apenas pessoas com imunossupressão e aquelas que participaram de pesquisas sobre a doença. “Não há uma orientação do Ministério da Saúde ou da Anvisa quanto a quinta dose, mas a cidade tem autonomia para tomar essa decisão”, afirmou. Soranz fez a declaração nesta segunda-feira (7), após a Prefeitura confirmar a circulação local da nova subvariante da ômicron, a BQ.1. 

Alerta

Disse que 92% das pessoas internadas nos hospitais não tomaram a dose de reforço, o que é fundamental para evitar o agravamento de casos de Covid-19. Mais de um milhão e 600 mil cariocas ainda não retornaram aos postos para garantir a quarta dose do imunizante.

O número representa cerca de 25% da população do município. Para o infectologista José Pozza, a nova variante tem uma capacidade maior de escapar da proteção da vacina, o que afeta, principalmente, as pessoas sem esquema vacinal completo.

Levantamento do Instituto Todos pela Saúde (ITpS) mostra que a taxa de exames positivos para a doença em laboratórios particulares saltou quase 600% em menos de um mês. Laboratórios particulares e farmácias em todo Brasil vêm registrando aumento nos testes positivos para covid-19 nas últimas semanas, em um indício do que epidemiologistas classificam como um "alerta" para uma nova onda de casos no país. Levantamento do Instituto Todos pela Saúde (ITpS) mostra que a taxa de exames positivos para a doença em laboratórios particulares passou de 3% para 17% em menos de um mês —um salto de 566%.

O epidemiologista e pesquisador da ITpS, Anderson Brito, explica que a alta de testes positivos aponta para a tendência de surgimento de uma nova onda em algumas semanas. "Provavelmente observaremos um aumento geral de testes positivos nos próximos dias, assim como aconteceu nas outras duas ondas de 2022", disse.

Uso de máscara nos bancos

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, mesmo com o crescimento do número de casos, ainda não há orientação para o retorno obrigatório do uso de máscaras na capital fluminense. Para o diretor do Sindicato, Ronald Carvalhosa, no entanto, diante do aumento dos casos é importante cobrar dos bancos o uso de máscara, tanto pelos funcionários, quanto clientes. “Diante do agravamento da situação, também é necessário rever os procedimentos em caso de contaminação de algum bancário. É preciso tomar medidas mais rigorosas em função do crescimento desta subvariante”, frisou.  

As máscaras de proteção contra a transmissão da Covid-19 estão aos poucos voltando ao ambiente escolar, a começar pelas universidades. Pelo menos quatro instituições já divulgaram nota defendendo o seu uso, sendo três públicas e uma privada. São elas: a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio) e Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). A recomendação do uso de máscara nesses locais retorna num momento em que se confirma a chegada ao Rio da nova subvariante Ômicron BQ.1 do vírus da Covid-19, aliada a uma baixa procura pelas doses de reforço da vacina na cidade, que já acendeu a luz amarela na Secretaria Municipal de Saúde.

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