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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Após uma disputa acirrada, em que Luiz Inácio Lula da Silva enfrentou um pesado jogo sujo da campanha de seu adversário, Jair Bolsonaro (PL), que até o fechamento desta edição manteve um silêncio sepulcral, quebrando uma tradição democrática em que o perdedor de imediato reconhece o candidato eleito e lhe deseja sorte no novo mandato, o povo brasileiro elegeu seu novo presidente que governará o país pelos próximos quatro anos a partir do dia 1º de Janeiro de 2023.
O mundo comemora
A eleição de Lula foi celebrada por lideranças no mundo inteiro. Na segunda-feira, 31 de outubro, o presidente dos EUA, Joe Biden, conversou com Lula pelo telefone para cumprimentar o brasileiro pela vitória nas eleições no domingo. De acordo com uma nota do governo norte-americano, durante a conversa, Biden elogiou “a força das instituições democráticas brasileiras após eleições livres, justas e confiáveis”.
Até dirigentes de países em guerra, como os presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky e da Rússia Vladimir Putin parabenizaram Lula. O presidente da China, Xi Jipingi também parabenizou Lula e elogiou a “parceria estratégica” dos dois países.
“O momento é de restabelecer a paz entre os divergentes. Vou governar para todos os brasileiros, e não só para os que votaram em mim. Não existem dois Brasis", disse Lula anunciando que quer pacificar o país e governar para todos, mas especialmente para os mais pobres.
A volta à normalidade
O governo da Noruega já anunciou a volta da verba do fundo em defesa do meio ambiente, que havia sido suspensa por causa da política de Bolsonaro de destruição das florestas por madeireiros ilegais e avanço em terras indígenas e parques florestais. “É a volta da normalidade, da tradição da diplomacia brasileira de boa relação com o mundo e da esperança, inclusive na questão da preservação ambiental”, comemorou a diretora da Secretaria de Meio Ambiente do Sindicato dos Bancários do Rio, Cida Cruz.
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Os números da vitória
Lula venceu a eleição no domingo, dia 30 de outubro com 50,90% (69.345.999) dos votos contra 49,19% (58.206.354) de Bolsonaro, com 100 % dos votos apurados pelo TSE. Houve apenas 3,16% de votos nulos e 1,43% brancos, além de uma abstenção de 20,59%, média mantida nos últimos pleitos.
O candidato derrotado Jair Bolsonaro é o primeiro na história a não conseguir a reeleição, mesmo utilizando toda a máquina do estado.
“Graças a Deus o nosso povo, especialmente os mais pobres e nordestinos e as mulheres, deram um fim a este período sombrio da história de um presidente da República e de um governo que não gostam de pobres, retiram direitos dos trabalhadores e queriam vender estatais e empresas públicas fundamentais para o desenvolvimento do país, como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Petrobras. Bolsonaro deixa um rastro de milhares de mortes por desprezar a pandemia e fazer campanha contra as vacinas da covid. A vitória de Lula é a salvação da democracia e o retorno de políticas públicas que retomem o desenvolvimento econômico, com geração de empregos, aumento real de salários e preservação das conquistas trabalhistas. Lula, como sempre fez, vai governar para todos, inclusive para àqueles que votaram contra ele, mas em especial para os mais necessitados e trazer de volta a paz, o convívio democrático e a tranquilidade à nossa nação”, avaliou o presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro José Ferreira.
Autonomia sindical
O dirigente sindical destaca que apesar do apoio à eleição de Lula, que foi aprovada na 24ª Conferência Nacional dos Bancários em junho deste ano, e de defender todas as medidas que o futuro falar que beneficiem os trabalhadores, o Sindicato é uma entidade independente e continuará defendendo à categoria.
“Não vamos abrir mão de defender o emprego dos bancários e bancárias diante das reestruturações no setor financeiro, com extinções de agências físicas e demissões, proteger os direitos da categoria, bem como o fortalecimento dos bancos públicos”, acrescenta Ferreira.