Segunda, 31 Outubro 2022 20:52
os desafios do futuro

Lula quer pacificar o Brasil e governar para todos, em especial para os mais pobres

Presidente eleito é celebrado com festa nas ruas e por lideranças e presidentes do mundo inteiro. Joe Biden parabeniza Lula pela vitória e elogia democracia
O presidente da Argentina, Alberto Fernández cumprimenta Lula pela vitória:  “É um homem de bem, um líder como nunca vi antes” O presidente da Argentina, Alberto Fernández cumprimenta Lula pela vitória: “É um homem de bem, um líder como nunca vi antes”

Após uma disputa acirrada, em que Luiz Inácio Lula da Silva enfrentou um pesado jogo sujo da campanha de seu adversário, Jair Bolsonaro (PL), que até o fechamento desta edição manteve um silêncio sepulcral, quebrando uma tradição democrática em que o perdedor de imediato reconhece o candidato eleito e lhe deseja sorte no novo mandato, o povo brasileiro elegeu seu novo presidente que governará o país pelos próximos quatro anos a partir do dia 1º de Janeiro de 2023.

O mundo comemora

A eleição de Lula foi celebrada por lideranças no mundo inteiro. Na segunda-feira, 31 de outubro, o presidente dos EUA, Joe Biden, conversou com Lula pelo telefone para cumprimentar o brasileiro pela vitória nas eleições no domingo. De acordo com uma nota do governo norte-americano, durante a conversa, Biden elogiou “a força das instituições democráticas brasileiras após eleições livres, justas e confiáveis”.
Até dirigentes de países em guerra, como os presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky e da Rússia Vladimir Putin parabenizaram Lula. O presidente da China, Xi Jipingi também parabenizou Lula e elogiou a “parceria estratégica” dos dois países.
“O momento é de restabelecer a paz entre os divergentes. Vou governar para todos os brasileiros, e não só para os que votaram em mim. Não existem dois Brasis", disse Lula anunciando que quer pacificar o país e governar para todos, mas especialmente para os mais pobres.

A volta à normalidade

O governo da Noruega já anunciou a volta da verba do fundo em defesa do meio ambiente, que havia sido suspensa por causa da política de Bolsonaro de destruição das florestas por madeireiros ilegais e avanço em terras indígenas e parques florestais. “É a volta da normalidade, da tradição da diplomacia brasileira de boa relação com o mundo e da esperança, inclusive na questão da preservação ambiental”, comemorou a diretora da Secretaria de Meio Ambiente do Sindicato dos Bancários do Rio, Cida Cruz.
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Os números da vitória

Lula venceu a eleição no domingo, dia 30 de outubro com 50,90% (69.345.999) dos votos contra 49,19% (58.206.354) de Bolsonaro, com 100 % dos votos apurados pelo TSE. Houve apenas 3,16% de votos nulos e 1,43% brancos, além de uma abstenção de 20,59%, média mantida nos últimos pleitos.
O candidato derrotado Jair Bolsonaro é o primeiro na história a não conseguir a reeleição, mesmo utilizando toda a máquina do estado.
“Graças a Deus o nosso povo, especialmente os mais pobres e nordestinos e as mulheres, deram um fim a este período sombrio da história de um presidente da República e de um governo que não gostam de pobres, retiram direitos dos trabalhadores e queriam vender estatais e empresas públicas fundamentais para o desenvolvimento do país, como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Petrobras. Bolsonaro deixa um rastro de milhares de mortes por desprezar a pandemia e fazer campanha contra as vacinas da covid. A vitória de Lula é a salvação da democracia e o retorno de políticas públicas que retomem o desenvolvimento econômico, com geração de empregos, aumento real de salários e preservação das conquistas trabalhistas. Lula, como sempre fez, vai governar para todos, inclusive para àqueles que votaram contra ele, mas em especial para os mais necessitados e trazer de volta a paz, o convívio democrático e a tranquilidade à nossa nação”, avaliou o presidente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro José Ferreira.

Autonomia sindical

O dirigente sindical destaca que apesar do apoio à eleição de Lula, que foi aprovada na 24ª Conferência Nacional dos Bancários em junho deste ano, e de defender todas as medidas que o futuro falar que beneficiem os trabalhadores, o Sindicato é uma entidade independente e continuará defendendo à categoria.
“Não vamos abrir mão de defender o emprego dos bancários e bancárias diante das reestruturações no setor financeiro, com extinções de agências físicas e demissões, proteger os direitos da categoria, bem como o fortalecimento dos bancos públicos”, acrescenta Ferreira.  

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