Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

É cada vez maior o número de denúncias, com imagens nas redes sociais, de ônibus e vans que estão sendo parados por operações da Polícia Rodoviária Federal, o que é ilegal, já que há uma ordem do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) proibindo estas ações neste domingo (30) da eleição do segundo turno para presidente da República. A operação policial dificulta eleitores mais pobres de votar, que utilizam transporte público.

O Tribunal intimou o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques. A intensidade das ações policiais em ônibus é maior no Nordeste, onde Lula tem mais votos, mas ocorre em todo o país. O diretor da PRF é um ferrenho bolsonarista e, em vídeo nas redes sociais, convocou a população a votar em Jair Bolsonaro (PL).

A coligação que apoia Lula pediu a punição dos envolvidos no crime eleitoral com multa da R$100 mil e a prisão dos responsáveis pelas operações ilegais, inclusive do diretor do PRF, o bolsonarista Silvinei Vasques. .

O presidente do TSE, Alexandre de Moraes exigiu a imediata suspensão das operações da PRF. O diretor da corporação esteve em reunião com o ministro Alexandre de Moraes para dar explicação sobre a ilegalidade cometida por policiais. São pelo menos 514 operações nas estradas, sendo 80 somente no Estado de Alagoas. As ações ocorrem especialmente nas regiões onde Lula tem um histórico de mais votos, especialmente no Nordeste.

São Gonçalo sem ônibus

Moradores do Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro, tradicional reduto eleitoral de Lula e do PT, denunciam que o prefeito da cidade, Capitão Nelson, aliado de Bolsonaro, teria cortado transporte público na comunidade. A população denuncia que estão tendo de ir a pé até os locais de votação.

No município do Rio, eleitores da Zona oeste denunciam que há linhas de ônibus que não estão respeitando a gratuidade determinada pela Prefeitura.