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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
O coronel do Exército Marcelo Pimentel, da reserva, fez um vídeo para expressar a sua indignação com o apoio de militares, segundo ele, ao candidato “miliciano”, que “apoia as milícias” e “empregou familiares de milicianos e assassinos em seu gabinete" quando era parlamentar, além de ter condecorado criminosos da milícia do Rio.
“Você militar, pararia a sua moto, num bairro da periferia, ao ver meninas de 14 anos na sua porta e diria que ‘pintou um clima’ e diria que elas são prostitutas porque estavam arrumadas e eram bonitinhas? Você daria esses exemplos a seus subordinados e diria que alguém que fez isso é exemplo a ser seguido? Eu tenho que certeza que não e sabe que isso é péssimo exemplo para militares e para civis”, disse o coronel.
“Eu, oficial que cheguei ao posto máximo na carreira, na ativa, com muito orgulho, me incomodo profundamente que o militar brasileiro e os valores do Exército, da Marinha, da Aeronáutica e das polícias militares sejam tomados pelo comportamento do militar que ocupa o cargo de chefe do poder Executivo. E você? No próximo dia 30 de outubro pense nisso. Eu pensarei”, disse, indicando que votará em Lula.
Em outras ocasiões, Pimentel se colocou contra os arroubos do atual presidente e ataques à democracia e às instituições democráticas, ameaçando uma nova intervenção militar.
Militar mau e desleal
O oficial das Forças Armadas critica ainda o fato de o então tenente Jair Bolsonaro ter sido desleal com seus comandantes e a instituição militar, referindo-se à prisão de Bolsonaro que ameaçou explodir o quartel onde servia, para ter aumento em seus salários. Na época, para evitar a expulsão por insubordinação, a Justiça Militar colocou o então tenente do Exército na reserva, o que lhe garantiu a promoção automática para a patente de capitão.
Em entrevista à autores de sua biografia, o ex-presidente e general Ernesto Geisel, foi perguntado sobre o que pensava dos militares na política com a redemocratização do Brasil. Geisel se posicionou contra, defendendo o retorno dos oficiais e praças à caserna. Em seguida foi perguntado o que o ex-presidente da Ditadura Militar achava do então vereador, o capitão Jair Bolsonaro. De pronto, o general respondeu: “Ele é um mau militar quanto mais político”.
Outro detalhe que muita gente desconhece é que, no relatório de prisão do então tenente do Exército e atual presidente da República, o comandante que decretou a prisão descreveu: “O tenente Jair Messias Bolsonaro é um homem ambicioso e incapaz de comandar sequer um pelotão de soldados”.
Difícil compreender é como o tenente transloucado e considerado ruim e despreparado por outros militares se tornou presidente do Brasil e como tantos oficiais do alto escalão das Forças Armadas se submetem às insanidades do bolsonarismo em troca de cargos no governo de gordas remunerações. .