EXPEDIENTE DO SITE
Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
À medida que o ex-presidente Lula consolida sua liderança nas pesquisas de opinião, a campanha de Jair Bolsonaro reativa seus ataques à democracia, a urna eletrônica e ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e STF (Superior Tribunal). Como a narrativa e fake news contra a urna eletrônica perderam a força com auditoria externa de militares bolsonaristas que não deu em nada, a forma de tumultuar o processo eleitoral agora é acusar uma suposta “fraude” que teria reduzido as inserções de propagandas de Bolsonaro em rádios, em especial nas emissoras do Nordeste.
Segundo notícia do site Metrópole, uma das empresas responsáveis pelo relatório da “auditoria” em rádios solicitado por aliados do atual presidente recebeu R$500 mil para prestação de outros serviços para a campanha de Bolsonaro. A informação foi publicada na última quarta-feira (26). A empresa que teria recebido meio milhão da campanha bolsonarista é a Soundview Tecnologia, de Minas Gerais, estado em que o candidato da situação tem apoio do governador Romeu Zema no segundo turno.
Ato falho
A firma não consta oficialmente como autora do relatório de denúncia feita ao TSE, mas foi mencionada por Fabio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República e membro da campanha pela reeleição do atual governo, admitiu, em seu Twitter, que a empresa que levou dinheiro da campanha de Bolsonaro “é uma das responsáveis pelo documento”. A empresa embolsou, ao todo, R$501 mil no dia 26 de agosto, ou seja, dez dias antes do início da campanha oficial.
Medo do voto popular
O desespero da campanha de Bolsonaro aumentou com a decisão do ministro do TSE, Alexandre de Moraes,negou o pedido para investigar a suposta “fraude” em inserções de rádio, que estariam “prejudicando” a candidatura do presidente. Morares explica em sua decisão que “não há provas concretas” e que “a petição é inválida porque traz pedidos genéricos”, “não conseguindo comprovar, de fato, que as inserções não ocorreram e teriam prejudicado a candidatura de Bolsonaro”. Inconformado, o atual presidente anunciou que vai recorrer da decisão do TSE.
“Na verdade, o que está acontecendo é um desespero no gabinete de campanha de Bolsonaro, que usa do jogo sujo das fake news nas inserções de rádio e TV e nas redes sociais, o que levou a Justiça Eleitoral a dar a Lula centenas de direitos de resposta na propaganda do candidato do atual governo. Cada dia eles criam um factoide para desacreditar o processo eleitoral e a democracia porque estão desesperados com a confirmação da liderança de Lula nas pesquisas de opinião e querem tumultuar e tentar impedir a vontade popular no domingo, atacar a democracia como sempre fiuzeram porque eles defendem a ditadura e o golpe e querem criar um ‘terceiro turno’ porque não aceitam a possível derrota”, ressaltou Almir Agiuar, diretor do Sindicato dos Bancários do Rio e secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro).