Sexta, 14 Outubro 2022 20:08

Assembleia aprova acordo da Finep

Olyntho Contente

Imprensa SeebRio

Em assembleia virtual que começou nesta quinta e terminou nesta sexta-feira (14/10) às 18 horas, os empregados da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), instituição pública federal, aprovaram com mais de 91% dos votos a proposta negociada de acordo coletivo de trabalho. Nas cláusulas econômicas o ACT segue a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) assinada com a Fenaban, com 8% de reajuste, abono de R$ 1 mil este ano e para 2023 reposição integral da inflação, mais 0,5% de aumento real.

A pressão dos funcionários fez com que a diretoria da empresa recuasse de sua intenção de não prever o aumento real para o próximo ano. “Nesta conjuntura de muita dificuldade que vivemos no país foi um bom acordo”, avaliou Ronald Carvalhosa, diretor do Sindicato e um dos negociadores do ACT, juntamente com representantes da Associação de Empregados da Finep e funcionários eleitos em assembleia.

“O acordo repassou os itens da CCT assinada com a Fenaban, diferentemente do que aconteceu dois anos atrás. Conseguimos fazer com que a Finep seguisse os mesmos direitos garantidos na convenção coletiva, evitando que os empregados fossem descolados da categoria bancária, como pretendia a diretoria da empresa. Este é um aspecto importante que precisa ser considerado”, avaliou.

Itens pendentes

Acrescentou que, mesmo sendo um bom acordo, alguns itens terão de continuar a ser negociados, como a PLR, a revisão da cláusula que limita o tempo de complementação do auxílio-doença dos aposentados que continuam na ativa, que, por isto mesmo não se justifica e tem caráter claramente persecutório. “Sabemos que estes problemas não serão solucionados com este governo, mas no próximo, temos que resolver”, afirmou.

“Um terceiro item são os critérios para promoções que muitas vezes são discriminatórios, quando, por exemplo, na prática, exclui o pessoal do nível médio, e outras questões também ligadas ao nível médio. Estas são as quatro questões importantes que poderiam ter sido resolvidas no ACT e não foram e que a gente vai ter que continuar negociando”, resumiu.

Frisou que, além disto, há um quinto ponto que é a decisão absolutamente injustificada de passar o fundo de previdência dos empregados da FIPEq para a Brasil Previdência. “Isto não se justifica de forma nenhuma, ainda mais em final de governo, sem nenhum debate com os associados, sejam eles ativos ou aposentados, gerando insegurança e perda na representação dos trabalhadores que tinham seus conselheiros na FIPEq eleitos e no plano de mercado não terão”, criticou.  

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