Quinta, 13 Outubro 2022 16:42

Patrões pressionam trabalhadores a votar em Bolsonaro. Denuncie.

Olyntho Contente*

Imprensa SeebRio

Crescem cada vez mais as denúncias de coação eleitoral, que é a pressão feita pelos patrões sobre os trabalhadores para que votem em Bolsonaro. O objetivo é através desta prática ilegal e criminosa manter o atual presidente no cargo para que amplie as reformas que tiram direitos visando cortar custos e ampliar os lucros, como já fez através da reforma trabalhista, da Previdência Social, com a ampliação das terceirizações e com o desmonte das políticas sociais, por exemplo.

Para ajudar os trabalhadores e trabalhadoras a denunciar os patrões que têm coagido seus empregados a votar em Bolsonaro com ameaças de demissão, caso o ex-presidente Lula (PT) seja eleito, a CUT lançou uma página em seu portal onde todos podem denunciar o assédio eleitoral, um crime previsto em lei.

Depois da definição do segundo turno entre os dois candidatos, aumentaram as denúncias nas redes sociais de patrões tentando forçar trabalhadores a votar em Bolsonaro.

Por isso, a CUT disponibilizou em seu Portal (www.cut.org.br) uma página voltada para essas denúncias. O trabalhador que tiver receio de represálias pode fazer uma denúncia anônima. 

Desde que foi lançada há uma semana, foram recebidas 92 denúncias. O Ministério Público do Trabalho também registrou o aumento desse tipo de crime. De acordo com o órgão foram registradas 173 denúncias.

Extinção de mais direitos

O vice-presidente da CUT Nacional, Vagner Freitas alerta que a reeleição de Bolsonaro significa dar aos patrões a chance de acabar com os direitos que ainda sobraram depois do golpe de 2016, que retirou Dilma Rousseff (PT) da presidência da República.

“O golpe de 2016 foi feito para que os trabalhadores perdessem direitos; para acabar com o papel dos sindicatos, impedindo negociações coletivas. Por isso que entendemos que essa eleição presidencial é a eleição de nossas vidas. O empresariado quer empregos sem direitos”, afirma

O aprofundamento da reforma trabalhista que deverá ocorrer com Bolsonaro reeleito, é duramente criticado pelo secretário de Assuntos Jurídicos da CUT Nacional, Valeir Ertle. Segundo ele, os sindicatos estão atentos a isso e conseguiram barrar no Senado Federal as propostas de Bolsonaro, que foram aprovadas pela Câmara dos Deputados. Uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), precisa ser aprovada tanto pelos senadores como pelos deputados federais para passar a valer.

 

“Derrotamos a grande maioria das propostas do governo no Congresso Nacional, que tinham e ainda tem apoio dos empresários. Para eles a precarização do trabalho, a retirada de direitos é um grande negócio”, diz.

“O trabalhador tem de entender que Bolsonaro quer retirar mais direitos como FGTS, 13º salário e até parcelar as férias. Trabalhador que vota em Bolsonaro está dando um cheque em branco para ele retirar seus direitos e diminuir os salários”, acrescentou o dirigente.

*Com informações da Assessoria de Comunicação da CUT.

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