EXPEDIENTE DO SITE
Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Olyntho Contente
Arte: Contraf-CUT
Imprensa SeebRio
A negociação da Campanha Nacional dos Financiários virou uma enrolação que só acontece em novela. Apesar da minuta para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) ter sido entregue em 15 de junho à Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Fenacrefi), de lá para cá, apenas duas rodadas foram realizadas. A terceira está prevista para esta quarta-feira (5/10), às 11 horas.
A data-base é 1º de junho. Os financiários reivindicam um índice próximo ao INPC do período, que é de 11,9%, bem como um acordo que englobe um período de mais 12 meses.
Mas, logo na primeira rodada, em 31 de agosto, a Fenacrefi propôs apenas 8% de reajuste nos itens econômicos, para o período de um ano. Na segunda negociação, em 22 de setembro, ofereceu reajuste de 8,5% para os salários e de 9% para os vales alimentação e refeição, e reajuste igual para todos os itens econômicos, pelo INPC em 2023.
O coordenador do Coletivo dos Financiários da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Jair Alves, disse esperar que desta vez os representantes das financeiras tragam para a mesa de negociação uma proposta que atenda os anseios dos trabalhadores. “Já passou da hora de encerrarmos essa Campanha Nacional”, frisou.
A categoria quer a manutenção de todos os direitos previstos na atual CCT, avançar com a regulamentação do teletrabalho e melhorias nas questões de saúde, como aumento do prazo de extensão do plano aos demitidos e cláusulas específicas sobre tratamento da covid-19 e suas sequelas. Os representantes dos financiários também pedem transparência nos dados das empresas, quantas são e qual o número de funcionários, para que as negociações possam ser mais representativas, para atender de fato às necessidades da categoria.