Segunda, 03 Outubro 2022 19:37
A LUTA CONTINUA

Lula pede união do povo pela democracia e reconstrução do Brasil

Candidato do PT diz que segundo turno é oportunidade para mostrar o que seu governo fez ao povo e comparar resultados em debate direto contra adversário. Apoio a Lula foi aprovado na 24a Conferência Nacional dos Bancários
Lula sai na frente no primeiro turno, mas disputa acirrada mostra que a militância do povo, movimentos sociais e sindical é que garantirão vitória da democracia e dos trabalhadores Lula sai na frente no primeiro turno, mas disputa acirrada mostra que a militância do povo, movimentos sociais e sindical é que garantirão vitória da democracia e dos trabalhadores Foto: Ricardo Stucker

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) agradeceu a todo o povo brasileiro pelo apoio que recebeu no primeiro turno das eleições 2022. Mesmo com o pesado uso da máquina pública por Jair Bolsonaro (PL), o candidato petista chegou na frente para o pleito que será definido no dia 30 de outubro. Por muito pouco Lula não venceu já no primeiro turno. O derretimento das candidaturas de Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) não foram suficientes para decidir a eleição neste domingo, dia 2 de outubro. Com 99,9% das urnas apuradas até o fechamento desta edição, Lula tinha 57.259.405 de votos, 48,43% dos votos, ficando a 1,57% para ganhar no primeiro turno. Bolsonaro teve 51.072.234 votos, atingindo 43,20% dos votos. Simone Tebet (MDB) foi a terceira colocada e teve 4.915.420 votos (4,2%) enquanto Ciro pagou caro pela estratégia errada de ataques pesados que fez a Lula e foi o quarto colocado com 3.599.285 dos votos (3,04%). Os demais tiveram menos de 1%.
“O segundo turno representa uma nova oportunidade que o povo brasileiro está me dando. Vamos poder ampliar o diálogo com a sociedade. No debate do primeiro turno tivemos ‘pessoas estranhas’, mas agora vamos poder mostrar diretamente o que nosso governo fez por este país, levando emprego, renda e alegria para o nosso povo e que Brasil eles deixaram”, disse Lula.

O Brasil está pior

Está em jogo também a democracia. Bolsonaro por diversas vezes atacou às instituições democráticas e ameaçou um golpe militar. Todas as forças democráticas se unem contra o fascismo, pela vida e pela reconstrução do Brasil.
O atual governo deixa também um grande estrago para a economia do país. Não apenas pela maior alta da inflação da década, perda da renda média e crescimento do mercado de trabalho informal que são as marcas deixadas por Bolsonaro. São ainda quase 10 milhões de brasileiros e brasileiras sem emprego. Apesar de uma redução do desemprego fruto do efeito pós-pandemia e da natural retomada do setor de serviços, os empregos gerados são de pior qualidade. Quase metade dos trabalhadores está no mercado informal, o que representa trabalho precário, sem direitos trabalhistas e com baixíssima renda. São cerca de 13,16 milhões de pessoas. Outros 4,37 milhões são empregados domésticos, também sem carteira assinada.
São quase 20 milhões de brasileiros sem direitos trabalhistas. Somados aos trabalhadores por conta própria sem CNPJ, são quase 40 milhões de trabalhadores na informalidade.

Corte de verbas para 2023

A própria previsão de orçamento do governo para 2023 revela o tamanho da crise. O ministro da economia Paulo Guedes fez drásticos cortes nos investimentos de áreas sociais fundamentais de cerca de R$63 bilhões. Os setores mais atingidos serão saúde, educação e segurança pública.
Somente na educação básica o corte chega a mais de R$ 1 bilhão do orçamento em 2023. Desde o início do governo Bolsonaro, o Ministério da Educação tem vivido crises sucessivas. Logo no início do mandato, em maio de 2019, o governo enfrentou manifestações populares após bloqueio de 30% no orçamento não obrigatório das instituições federais de ensino superior.
No setor de habitação a redução é percentualmente ainda maior: Bolsonaro vai cortar 95% da verba do programa Casa Verde e Amarela (novo nome dado ao ‘Minha Casa, Minha Vida’, criado pelo governo Lula). A medida vai parar mais de 140 mil obras, reduzindo a oferta de empregos formais a partir do ano que vem.
O orçamento previsto para a área da Saúde no próximo ano é o mais baixo desde 2014. As despesas primárias no setor, que alcançaram R$ 203,8 bilhões no auge da pandemia de coronavírus em 2021, devem cair para R$ 146,4 bilhões em 2023 em valores reais corrigidos pela inflação. Em comparação com o ano passado, quando a dotação somou R$ 162,9 bilhões, a redução prevista é de 10,1%. Nem o tratamento e prevenção do câncer escapou do corte de verbas, com uma redução de 45%, passando de R$ 175 milhões para R$ 97 milhões para o ano que vem.

A hora da militância

A história recente do Brasil mostra que a força da militância petista é capaz de superar quaisquer desafios.
Mais uma vez, é a militância nas ruas e a unidade do campo democrático que poderão derrotar o governo que deixou um rastro de tragédia econômica e social e o sangue de quase 687 mil mortes, após Bolsonaro desprezar a covid-19 e fazer campanha contra as vacinas, atrasando a imunização da população brasileira.
Este ano, o resultado final do primeiro turno foi mais apertado do que as pesquisas de opinião previam. No entanto é a força da militância, a liderança e carisma de Lula e a união de todos os que defendem a democracia e os direitos dos trabalhadores que farão a diferença até o dia 30 de outubro, quando o povo decidirá quem será o presidente do Brasil.
É o destino do Brasil e a democracia que estão nas mãos dos brasileiros e brasileiras.

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