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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Imprensa SeebRio
No último debate antes do primeiro turno das eleições que aconteceu na última quinta-feira (29/9) de outubro, realizado pela Rede Globo, a expectativa de candidatos e eleitores era do impacto dos confrontos, que teve grande audiência, na possibilidade do pleito ser decidido esta semana ou no segundo turno.
A maioria dos especialistas e jornalistas avaliam que o debate, marcado por baixarias e momentos hilários, não deverá ter grande impacto na tendência do eleitorado.Como era de se esperar os dois candidatos mais bem colocados nas intenções de voto, Lula e Bolsonaro, foram os mais atacados.
Candidato laranja?
Membros da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avaliam que o candidato se saiu bem, mesmo tendo, num determinado momento entrado nas provocações do "padre" Kelmon (PTB), candidato que as câmeras flagraram trocando informações e papéis com Jair Bolsonaro (,PL) e sua equipe. Também pudera. Teria que ter muito sangue frio para ouvir ataques de um "candidato laranja", segundo disse Lula, que substituiu Roberto Jefferson, preso e condenado por ameaçar ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), especialmente o atual presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Morais e, armado, insinuar num vídeo no YouTube, a possibilidade de um golpe se Bolsonaro perder.
A candidata do União Brasil, senadora Soraya Thronicke , chegou a acusar que Kelmon era "padre de festa junina" e cabo eleitoral do atual presidente, o que ficou claro para para os telespectadores. Levantamentos feitos com os expectadores revelaram que a maioria viu no "sacerdote" um 'embuste' para atacar Lula e a esquerda.
"Você está fantasiado de padre", retrucou Lula.
Medo de Lula?
Bolsonaro foi muito criticado por não ter feito críticas diretas ao presidente Lula, o que foi considerado um ato de "covardia" do atual presidente que teve seus ataques terceirizados pelo suposto padre (a Igreja Ortodoxa nega que ele pertença à religião) e, quando o fazia, tentava fazer tabelinha com outros candidatos, como denunciou a própria Simone Tebet (MDB) que pediu para que Bolsonaro fizesse seus ataques diretamente ao ex-presidente Lula.
Invertida em Ciro
Lula se saiu bem e deu uma bela invertida quando Ciro Gomes (PDT) tentou responsabilizar os governos do PT pela atual recessão econômica do Brasil e lembrou dos ganhos econômicos e sociais em seus dois governos, destacando que "Ciro sabe disso", pois foi o ministro da Integração Social de Lula. Declarou e citou dados da economia em seu período dizendo tanto para Ciro quanto para Tebet, que "o povo tem saudades de seu governo", tempo em que o governo do então presidente Lula tinha 82% de aprovação.
Direitos de Resposta
O petista teve vários embates com Bolsonaro em situações em que eram dados direitos de resposta e acusou o atual presidente de "mentiroso", referindo-se à rede de fake news do candidato da extrema-direita desde a campanha de 2018 e em suas lives quando disse que "a covid-19 era uma gripezinha" e criticou as vacinas chinesas e o distanciamento social, aplicados no mundo inteiro, levando muitos brasileiros à morte.
Importância da militância
Amaioria dos especialistas avalia que o debate pouco irá alterar o resultado das urnas e que Lula ainda pode levar no primeiro turno.
O que vai definir, de fato, se o pleito acaba mesmo neste domingo ou se haverá segundo turno será a militância na reta final, o que o PT tem de sobra.