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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Imprensa SeebRio
Ano após ano o governo Bolsonaro vem batendo recordes de desmatamento. Apesar disto, tanto nos debates eleitorais e entrevistas, quanto em seu discurso na Organização das Nações Unidas (ONU), tem mentido chegando a dizer que a Floresta Amazônica tem o mesmo tamanho de quando o Brasil foi descoberto em 1500.
No último ano, o país registrou aumento de 20% no desmatamento da Amazônia: mais de 13 mil quilômetros quadrados, o maior já registrado desde 2006. Nesse mesmo período, o Pantanal foi o bioma que mais sofreu com as queimadas, com registro de 22.119 focos, crescimento de 120% em 2022. Os dados são do MapBiomas, rede de empresas de tecnologia, ONGs e universidades.
Cida Cruz, diretora da Secretaria de Meio-Ambiente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, classificou como criminosa a política de ataque à floresta e aos povos indígenas. Para a dirigente o resultado das eleições deve trazer uma mudança radical do setor. Para Cida Cruz é um ciclo criminoso que se fecha e o que se espera daqui para a frente, é que haja mais seriedade por parte do governo que assumir, no cumprimento das leis ambientais e das metas do Acordo de Paris, tratado mundial em que os países signatários se propuserem a tomar medidas visando reduzir o aquecimento global
Desenvolvimento e meio-ambiente
Lembrou que, este ano, novamente, o Brasil descumpriu as leis de proteção ambiental, resultando num desmatamento recorde. “É o governo Bolsonaro fechando o ciclo de sua política de incentivo à destruição do meio- ambiente, de permissão de atuação de madeireiras e mineradoras ilegais e desmonte dos órgãos públicos de fiscalização, o que aumentou o desmatamento a vulnerabilidade dos povos indígenas, populações quilombolas e ribeirinhas”, disse.
Acrescentou que o Brasil deve se organizar para esta nova etapa da humanidade que é a do desenvolvimento sustentável e inclusivo. “Precisamos amadurecer, ter ações globais, mas também locais, em defesa do meio-ambiente e do desenvolvimento econômico sustentável com distribuição de renda, respeito à Natureza e ao meio-ambiente e aos animais. Esse é o desafio desta nova etapa que a humanidade está passando”, afirmou.
Corrupção e veneno na mesa
Desde o início de 2019, o país vem registrando ataques ao meio ambiente por parte do Planalto, começando pela definição de Ricardo Salles, que responde processo por contrabando de madeiras, como ministro do Meio Ambiente, até o desmonte do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), onde, em menos de quatro anos, ocorreu a exoneração de três diretores de Proteção Ambiental.
Também, ano após ano, o governo federal quebrou recordes na liberação de agrotóxicos: em 2019, foram liberados 474 químicos; em 2020, 493; e, em 2021, 562. Em fevereiro deste ano, também conseguiu aprovação pela Câmara do projeto de lei 6299/02, conhecido como “PL do Veneno” que permite comercialização de agrotóxicos sem aprovação do Ibama e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Relatórios do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), mostram ainda que triplicou o número de invasões e exploração ilegal de terras indígenas durante este governo. E, entre 2020 e 2021, 358 indígenas perderam a vida de forma violenta.