Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

O povo brasileiro vai pagar caro em 2023 por causa dos gastos do governo com o orçamento secreto para os parlamentares e o chamado “pacote de bondades” que o presidente Jair Bolsonaro (PL) fez para tentar salvar a sua reeleição. A estratégia eleitoreira do Planalto naufraga nos números das pesquisas de opinião dos institutos que possuem alguma credibilidade. Para repassar mais dinheiro para parlamentares aliados, via emenda do relator, sem controle e sem transparência, o governo de Jair Bolsonaro (PL) cortou 45% da verba para os programas de prevenção e controle do câncer, a segunda doença que mais mata no País. Após editar um decreto para acelerar a liberação de R$ 5,6 bilhões a ministérios e parlamentares aliados, o governo teve de reavaliar a medida e fazer um novo corte no Orçamento de 2023. O ministro da Economia Paulo Guedes anunciou o bloqueio de mais R$ 2,6 bilhões no Orçamento da União para evitar um estouro no teto de gastos, a regra que limita o avanço das despesas à variação da inflação.

Corte na Farmácia Popular

Bolsonaro e Guedes cortaram verbas também do programa Farmácia Popular, Mais Médicos e o Casa Verde e Amarela. O corte dos recursos para a venda mais barata e distribuição de remédios foi de 59% e do projeto “Mais Médicos”, também foi mais da metade: 50,7%. Já no Casa Verde e Amarela, que substituiu o Minha Casa, Minha Vida, de Lula e Dilma, a redução de investimentos foi ainda maior, chegando a 90% do orçamento, paralisando cerca de 140 mil obras de casas populares e para a classe média. 

Hospitais com menos verba

A área de saúde é uma das que mais sofre com a redução de investimentos no governo Bolsonaro para 2023, prejudicando toda a estrutura de hospitais e ambulatórios especializados que fazem parte de redes focadas em outros três grupos: a gestantes e bebês, a Rede Cegonha; a dependentes de drogas e portadores de transtornos mentais, Rede de Atenção Psicossocial e a Rede de Cuidados a Pessoas com Deficiência, voltado para reabilitação.