Sexta, 16 Setembro 2022 20:17
O RIO NÃO AGUENTA MAIS

Governador Cláudio Castro recebeu propina, diz delator

Empresário e ex-assessor acusa Castro de ter recebido dinheiro ilícito quando era vice-governador de Wilson Witzel e em viagem à Disney com sua família
DESDE SEMPRE - Segundo informações reveladas pelo site UOL, investigações do MPE incluem delação de ex-assessor que acusa Claudio Castro (PL) de ter recebido propinas desde os tempos em que era ainda vereador DESDE SEMPRE - Segundo informações reveladas pelo site UOL, investigações do MPE incluem delação de ex-assessor que acusa Claudio Castro (PL) de ter recebido propinas desde os tempos em que era ainda vereador Fernando Frazão/Agência Brasil

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

O cerco de denúncias de corrupção que recaem sobre o governo de Claudio Castro (PL) atinge, em cheio agora, o próprio político que tenta a reeleição ao Palácio Guanabara. O empresário e ex-assessor de Castro, o delator Marcus Vinícius Azevedo da Silva fez as revelações bombásticas em novo depoimento e detalha supostos recebimentos de propina quando ainda era vice-governador de Wilson Witzel e mesmo antes de ser eleito para o cargo, quando ainda era vereador da capital fluminense.

Dinheiro na Disney

Castro teria recebido e carregado a propina em uma mochila e recebido, em viagem com a família à Disney, dinheiro no exterior, cerca de US$ 20 mil (aproximadamente R$ 104 mil na cotação do dólar). Os relatos foram publicados em primeira mão pelo site Uol que teve acesso às informações colhidas em julho pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ), no processo da “Operação Catarata”, que investiga fraudes em projetos sociais da prefeitura e do governo estadual do Rio.

Governador em silêncio

Segundo o site UOL, informações cruzadas do delator com datas de assinaturas e pagamentos de contratos e até com um decreto do governo do Rio, teriam permitido a transferência de contratos para a vice-governadoria então comandada por Castro no governo Wiltzel. O atual governador disse que não comentar as denúncias por estarem em segredo de Justiça.

O ex-assessor de Castro havia assinado um acordo de colaboração premiada com a PGR (Procuradoria-Geral da República) em agosto de 2020, homologado no fim do mesmo ano pelo então ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello. O empresário foi assessor de Castro na Câmara Municipal entre abril e agosto de 2017 e é dono de uma das empresas investigadas na Operação Catarata e chegou a ser preso em julho de 2019. Hoje Marcus Vinícius responde ao processo em liberdade.

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